Correio de Carajás

Acusada de matar adolescente volta atrás e muda versão dos fatos

Vitória Aparecida Silva, de 18 anos, foi transferida na manhã de ontem (26), para o presídio de Santa Isabel, na Região Metropolitana de Belém. Ela havia sido presa na semana passada por tráfico de drogas, em Parauapebas. A polícia acredita que ela pode ser a peça chave para elucidar o assassinato da estudante Maria Eduarda Silva Azevedo, de 16 anos, que foi executada com facadas no pescoço no dia 14 de maio deste ano.

Embora tenha alegado inicialmente que recebeu ordem para matar a adolescente e que executou o crime, Vitória mudou sua versão e agora sustenta que apenas estava com os criminosos na hora do assassinato. Por isso, a polícia tem razões para crer que ela tem muito a falar sobre o assunto no decorrer da investigação, podendo inclusive apontar quem foram os matadores da estudante Maria Eduarda.

Maria Eduarda teria sido morta a mando de uma facção criminosa

A delegada Yanna Azevedo, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Parauapebas, que investiga o caso, não confirmou, mas uma fonte da polícia disse que um dos suspeitos de autoria do assassinato seria Janilson dos Santos Costa, de 24 anos, que é companheiro de Vitória e foi preso junto com ela, no dia 19 deste mês, junto com Frank Bruno Barbosa da Silva, de 30 anos. Todos estão presos acusados de tráfico de drogas.

Leia mais:

O trio foi capturado pela Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta (Rocam), da Polícia Militar, acusada de tráfico de drogas em uma casa no Bairro Cidade Jardim.

De acordo com relatos de Vitória Aparecida, a adolescente entrou propositadamente para uma facção criminosa através de um grupo de WhatsApp. Maria Eduarda, segundo a acusada, participava do grupo como “X9”, levando informações do grupo para a facção rival.

O caso foi descoberto, o que despertou a ira dos líderes do grupo criminoso, que deram ordem para matá-la. Ela detalhou, de forma fria, que aproveitou que a jovem teria ido até o morro do Macaco para pegar droga e a matou. “Eu fiz o serviço mesmo. Ela também estava me ameaçando”, declarou, em sua primeira versão, mas depois mudou de ideia e diz que só testemunhou o assassinato.

Ao ser questionada que os familiares de Maria Eduarda afirmaram na época do crime que a adolescente não tinha envolvimento com o mundo do crime, Vitória Aparecida foi direta. “Eles não sabiam o que ela andava fazendo”. (Chagas Filho e Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)

 

SAIBA MAIS

Vitória foi transferida para Belém por medida de segurança, já que na carceragem do Rio Verde, em Parauapebas, não existe ala para presas femininas.