Nesta quarta-feira (23), o Poder Judiciário em Marabá concedeu Alvará de Soltura para Raquel Vieira da Silva, acusada de participação no assassinato do pai dela, Reginaldo Vieira da Silva, que era pastor evangélico. Agora ela responderá em liberdade. O homicídio ocorreu no dia 6 de junho de 2018, em Marabá, e a prisão de Raquel se deu em 25 de novembro do ano passado, em Jericoacoara (CE). Existe uma informação nova e o caso promete reviravolta.
Embora esteja em liberdade, Raquel foi pronunciada pela Justiça e vai sentar no banco dos réus em júri popular em data ainda a ser marcada. De acordo com o inquérito policial, Raquel teria se envolvido na trama para tirar a vida do próprio pai para ficar com uma grande quantia em dinheiro que ele tinha para receber em razão de negócios da empresa de fornecimento de água. Foi aí que teria surgido o plano diabólico, que foi executado nas dependências da empresa da vítima, na BR-230, perto da Vila São José.
O outro lado
Leia mais:Mas, para todos os crimes, existem pelo menos duas versões e a verdade. E foi atrás da versão de Raquel que nossa reportagem entrou em contato com o advogado dela, o criminalista Arnaldo Ramos de Barros Júnior, que conseguiu o Alvará de Soltura de Raquel.
Questionado, por telefone, sobre como ele pretende tirar sua cliente dessa enrascada, Arnaldo comentou que, por trás do crime, há uma história de abuso sexual praticado pelo pai de Raquel contra ela e também contra uma neta do próprio Reginaldo.
O advogado não deu maiores detalhes sobre esta situação de abuso sexual supostamente cometido por Reginaldo e o que isso teve a ver com o assassinato. Porém, deixou claro que durante o Tribunal do Júri essa situação virá à tona e os jurados terão a oportunidade de ouvir o que Raquel tem a dizer sobre o caso.
(Chagas Filho)