Correio de Carajás

Acim estima que o comércio teve perda de 40% do faturamento na pandemia

Em entrevista nesta terça-feira, 26, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), Raimundo Nonato Júnior, comemorou a reabertura, mesmo que parcial, do comércio em Marabá, após a publicação do Decreto Municipal nº 49/2020. Mas ao mesmo tempo, solicitou o cuidado da população para evitar o contágio do coronavírus.

A reabertura, segundo Júnior, é resultado de um trabalho construído entre a Prefeitura de Marabá, o Comitê de Gestão de Crise e a ACIM, com apoio do Sindicato do Comércio de Marabá (Sindicom), além de outras entidades que também se envolveram na construção do plano de Retomada das Atividades Econômicas de Marabá.

“Nós comemoramos essa reabertura porque ela vem em linha com a busca do equilíbrio entre a saúde e a economia, porque ambas são fundamentais. E para que a nossa sociedade passe rapidamente por essa pandemia, sem grandes perdas ou sem maiores perdas do que já tivemos até agora”, explica Júnior.

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Ele pede ainda a compreensão da população, para que siga as recomendações de higienização e proteção para evitar o contágio do vírus, conforme orientam os órgãos e instituições de saúde.

“As pessoas só devem sair para as compras quando necessário, com o uso de máscara e levando o seu álcool em gel. Quando voltarem para casa também se preocupem em fazer a higienização antes de entrar no ambiente familiar. Para os empresários, nós também pedimos que sigam as condições exigidas pelo Decreto nº 32, porque ele foi revalidado pelo Decreto nº 49”, pede o presidente.

Para Júnior, em Marabá o comércio teve uma perda de 40% por conta do seu fechamento nas últimas semanas. Ele leva em consideração o número de cooperativas atuantes em Marabá, já que alguns setores tiveram grandes perdas e outros nem tanto, o que leva à média estimada.

“Um exemplo são os bares, que beiram 100% de prejuízo, ficando ali na casa dos 90%. Os hotéis, a mesma coisa, entre 90% e 85%. Mas temos outros setores, como supermercados, que tiveram uma elevação, que seria algo em torno de 3% e 8%. Então, como a gente fala de média, levamos em consideração todos esses segmentos que contribuíram na movimentação financeira ou na falta dela”, exemplifica Júnior.

Os empresários que estão enfrentando dificuldades financeiras com a crise do coronavírus podem ter uma luz no fim do túnel. Júnior explica que a ACIM já está em contato com a rede bancária oficial, que está oferecendo linhas de créditos emergenciais do Governo Federal.

“Para os associados, temos as opções do Sicredi e do Sicoob, que estão com linhas de créditos especiais. Então, outros empresários que queiram ter acesso a esse diferencial de tratamento, podem estar se associando para usufruir desses benefícios de tarifas, taxas e volumes de créditos diferenciados”, acrescenta o presidente.

Por fim, Júnior disse que há uma boa expectativa para que o comércio permaneça aberto, com a colaboração no comportamento e hábitos de todos os agentes envolvidos.

“Com a população, o setor produtivo, privado seguindo as medidas conforme o decreto, e o setor público fazendo o controle de tudo isso, acredito que outros setores vão voltar a funcionar o mais rápido possível, como as academias, shoppings, bares, e as escolas”, finalizou Júnior. (Zeus Bandeira e Josseli Carvalho)