Correio de Carajás

Ação do MPPA chega ao Vavazão

Desde o mês passado uma força-tarefa montada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) vem retirando ocupantes de Áreas Permanentes de Preservação (APP) em Marabá, com intuito de combater o desmatamento de florestas nativas no município. Nesta sexta-feira (20), com o apoio de órgãos como Departamento Municipal de Postura, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Guarda Municipal (GMM) e Departamento Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (DMTU), a intervenção alcançou o Balneário do Vavazão, localizado no Bairro Independência.

Muitas casas e barracos construídos no local foram derrubadas, conforme informações repassadas pelo responsável pela postura, Túlio Pereira. “Estamos desocupando toda a área, aos poucos. Foram derrubados barracos, retiradas famílias e descoberto desvio de energia da Celpa”, explicou. Segundo ele, após está operação resta apenas fazer um cercado para impedir que novas pessoas se reestabeleçam no balneário. “Agora a gente vai fazer uma rua paralela à área de APP e uma cerca de ponta a ponta entre o Vavazão e o [bairro] Amapá”.

De acordo com a delegada Simone Felinto, diretora da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, as pessoas que moravam na área de preservação foram avisadas previamente sobre a desocupação. “Continuamos com o trabalho e com a operação conjunta do Ministério Público e demais órgãos de fiscalização. As pessoas daqui foram avisadas de que teria a operação. Não estamos encontrando resistência e continuaremos com as fiscalizações nessa área”, declarou.

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Ela ainda revelou que foi identificado que os ocupantes chegaram a derrubar a vegetação nativa do balneário para dar espaço a outras plantas e que estavam demarcando vários terrenos para posterior venda. “Inclusive, com venda criminosa de lotes aqui. E outra: alguns lotes estão sendo utilizados para o consumo de entorpecentes por pessoas que praticam crimes e vem aqui se esconder às margens do rio”, afirmou, dzendo que, caso os indivíduos retornem para a APP, eles poderão responder por crime ambiental.

Ocupantes

Há quatro anos Jhones Alves dos Santos ocupava o local e fazia da plantação de verduras e legumes o seu sustento. Ele é pedreiro e disse à reportagem do Correio que nem sempre consegue trabalho. “Eu pedi até um tempo para a doutora Simone, enquanto eu arrumava um lugar para eu morar”, revelou, afirmando que não sairia de lá, porque não tinha para onde ir. “Rapaz, eu sei que eles estão querendo fazer o certo, porque na realidade é área de APP mesmo. Mas se fosse para fazer o certo, aquele pessoal todo do Vavazão não tinha que sair?”, indagou.

Outro morador da área, Ronas Claudino da Silva, disse que tinha um terreno no local há mais de cinco meses. “Agora é o seguinte: eu vou fazer o que da vida? O apoio que eu tenho é essa casa aqui e agora não tenho mais nada, porque está tudo destruído”, reclamou. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)

 

Desde o mês passado uma força-tarefa montada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) vem retirando ocupantes de Áreas Permanentes de Preservação (APP) em Marabá, com intuito de combater o desmatamento de florestas nativas no município. Nesta sexta-feira (20), com o apoio de órgãos como Departamento Municipal de Postura, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Guarda Municipal (GMM) e Departamento Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (DMTU), a intervenção alcançou o Balneário do Vavazão, localizado no Bairro Independência.

Muitas casas e barracos construídos no local foram derrubadas, conforme informações repassadas pelo responsável pela postura, Túlio Pereira. “Estamos desocupando toda a área, aos poucos. Foram derrubados barracos, retiradas famílias e descoberto desvio de energia da Celpa”, explicou. Segundo ele, após está operação resta apenas fazer um cercado para impedir que novas pessoas se reestabeleçam no balneário. “Agora a gente vai fazer uma rua paralela à área de APP e uma cerca de ponta a ponta entre o Vavazão e o [bairro] Amapá”.

De acordo com a delegada Simone Felinto, diretora da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, as pessoas que moravam na área de preservação foram avisadas previamente sobre a desocupação. “Continuamos com o trabalho e com a operação conjunta do Ministério Público e demais órgãos de fiscalização. As pessoas daqui foram avisadas de que teria a operação. Não estamos encontrando resistência e continuaremos com as fiscalizações nessa área”, declarou.

Ela ainda revelou que foi identificado que os ocupantes chegaram a derrubar a vegetação nativa do balneário para dar espaço a outras plantas e que estavam demarcando vários terrenos para posterior venda. “Inclusive, com venda criminosa de lotes aqui. E outra: alguns lotes estão sendo utilizados para o consumo de entorpecentes por pessoas que praticam crimes e vem aqui se esconder às margens do rio”, afirmou, dzendo que, caso os indivíduos retornem para a APP, eles poderão responder por crime ambiental.

Ocupantes

Há quatro anos Jhones Alves dos Santos ocupava o local e fazia da plantação de verduras e legumes o seu sustento. Ele é pedreiro e disse à reportagem do Correio que nem sempre consegue trabalho. “Eu pedi até um tempo para a doutora Simone, enquanto eu arrumava um lugar para eu morar”, revelou, afirmando que não sairia de lá, porque não tinha para onde ir. “Rapaz, eu sei que eles estão querendo fazer o certo, porque na realidade é área de APP mesmo. Mas se fosse para fazer o certo, aquele pessoal todo do Vavazão não tinha que sair?”, indagou.

Outro morador da área, Ronas Claudino da Silva, disse que tinha um terreno no local há mais de cinco meses. “Agora é o seguinte: eu vou fazer o que da vida? O apoio que eu tenho é essa casa aqui e agora não tenho mais nada, porque está tudo destruído”, reclamou. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)