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Aberta a temporada de potós em Marabá; saiba como se prevenir

por Redação
04/07/2020
em Cidades
Aberta a temporada de potós em Marabá; saiba como se prevenir

O inseto costuma surgir no início do verão amazônico e é temido pelas queimaduras que pode causar / Foto: Wikipédia

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O verão amazônico chegou e com ele um ser que preocupa a população do Norte: o Paederus amazonicus, popularmente conhecido como Potó. O inseto costuma invadir residências durante a noite e, durante o sono, pode acabar causando queimaduras por meio do próprio sangue.

No início da semana, o fisioterapeuta Jackson Roberto acordou sentindo um incomodo no meio da madrugada. “Próximo da minha axila estava coçando, eu senti que era um inseto, mas como não doeu mais, voltei a dormir”, conta.

Porém, pela manhã, o local onde Jackson havia coçado estava avermelhado, com feridas de queimaduras. “Quando olhei e reparei nas bolhas e na textura do ferimento, eu soube que tinha sido causado por um potó, pois não é a primeira vez que acontece comigo”, relembra o fisioterapeuta.


Ao acordar, Jackson estava com uma queimadura causada pelo potó na axila / Foto: Arquivo Pessoal

Populares diriam que o potó urinou em Jackson, mas na verdade o inseto não urina. O Portal Correio conversou com o Prof. Dr. Danilo Oliveira, do curso de Biologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e coordenador do Museu de Biodiversidade Tauari, que explicou detalhes sobre o indesejado inseto.

“Potós não urinam, nem esguicham veneno. O que acontece é que no sangue dele (também chamado de hemolinfa) há uma molécula que causa queimadura, a pederina. Daí o nome pederose (ou pederismo) ao acidente de queimadura por potó”, esclarece o professor.

Segundo o Dr. Danilo, existem cerca de sete espécies que ocorrem no Brasil e que causam queimaduras em pessoas. Elas são atraídas à noite pelas luzes, especialmente a luz branca, e assim acabam entrando nas casas.

“A luz deixa o inseto meio desorientado e quando a pessoa apaga a luz do quarto para dormir, o inseto tenta procurar um abrigo quente e úmido, assim acaba subindo nas camas ou nas pessoas, então o acidente pode acontecer. Veja que não procuram as pessoas para machucá-las, apenas estão tentando se esconder”, destaca Danilo.

A situação relatada pela vítima do potó, Jackson, é o que ocorre geralmente para alguém ser ferido pelo potó. “A pessoa sente o besouro caminhando em sua pele e acaba esmagando-o. Ao coçar, ela espalha o sangue do potó na pele e, após entre 8 e 14 horas a pederina no sangue do potó já causou a queimadura na pele. Inclusive é comum ver queimaduras em formato exato ao do passar dos dedos da pessoa”, exemplifica o professor.

TEMPORADA DO POTÓ

Não é por acaso que o potó costuma surgir no início do verão amazônico. Segundo o Dr. Danilo, esse inseto possui hábitos noturnos e esse período há tudo o que ele mais gosta: temperatura alta e umidade alta, além de muita comida.

“Os potós como vários outros insetos são comuns no final do período chuvoso e início do verão amazônico. Nessa época ocorre o acasalamento, a postura dos ovos e o aumento da população de potós”, acrescenta Danilo.

O QUE FAZER?

A queimadura causada pelo sangue do potó pode ser bem desagradável, logo o melhor a se fazer é evitá-la. O Dr. Danilo aconselha fechar portas e janelas ao anoitecer.

“Como o clima é muito quente e casa fechada fica muito abafada, se puder, instale telas nas janelas, que também já evitam a entrada de mosquitos da dengue e carapanãs. Se nada disso for possível, evite ficar à noite embaixo de lâmpadas acesas e antes de deitar na cama sempre verifique que não tem nenhum inseto nela ou mesmo no quarto”, orienta.

Se mesmo assim você sofrer uma queimadura de potó, a recomendação do Dr. Danilo é não coçar o local e sempre manter a região limpa, sem suor.

“Evite passar qualquer produto químico, incluindo vinagre. Não se automedique. Caso a queimadura esteja incomodando muito, faça uso de alguma pomada para queimadura, como Bepantol, Nebacetin, dentre outras”, recomenda Danilo.

Vale lembrar que a queimadura leva alguns dias ou até um mês para sarar completamente. “Caso demore mais ou caso a ferida esteja infeccionando, procure imediatamente um dermatologista”, finaliza o professor. (Zeus Bandeira)

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Tags: MarabáPará
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