A Polícia Civil de Abel Figueiredo resolveu o desaparecimento de Sérgio William da Silva Correia. Ele foi encontrado morto, dentro de uma vala no quintal da residência de sua ex-companheira, Thaís de Souza Santos. O atual namorado da mulher, Itamar Nascimento da Silva, confessou que assassinou a vítima com uma paulada e golpes de canivete. O casal é investigado por ocultação de cadáver e homicídio qualificado pela traição/emboscada.
O corpo de Sérgio foi encontrado por volta de 12h de sexta-feira (9), mas para chegar até ele os policiais realizaram uma intensa investigação, que iniciou em 7 de agosto. Nesse dia, a mãe da vítima entrou em contato com a polícia para relatar o desaparecimento e informou que ele foi visto pela última vez na casa de Thaís, no dia 5 de agosto.
Em seu depoimento para o delegado Lucas Assis Nunes, Thaís contou que a vítima saiu de sua casa ainda no dia 5 e que ela apagou as mensagens trocadas com Sérgio. Ela também entregou para a polícia uma mochila contendo documentos e roupas da vítima, ação que levantou suspeitas na equipe de investigação.
Uma outra etapa importante para a investigação foi o relato de um taxista que levou a vítima até a casa da ex-companheira. Segundo ele, Sérgio não queria ser visto no município, fato que causou estranheza porque, ainda conforte o taxista, ele estava “gravemente ameaçado de morte”.
Então no dia 9, uma equipe policial sentiu um odor forte de carne em decomposição, vindo do quintal de Thaís e Itamar. O cheiro levou os policiais até a vala onde o corpo de Sérgio foi encontrado.
Com o achado, Itamar confessou o crime e revelou que o corpo estava escondido naquele local desde o dia 5.
Conforme o relato da polícia, o cadáver estava debaixo de entulhos retirados de uma obra e foram necessários seis escavadores para removê-lo do local. Além disso, havia um saco de cimento ao lado do local onde o corpo foi resgatado, demonstrando que, provavelmente, seria ocultado com concreto.
Itamar Nascimento da Silva e Thais de Souza Santos foram conduzidos à delegacia. O inquérito policial foi aberto e agora os suspeitos estão à disposição da Justiça.
O Correio de Carajás não teve acesso aos suspeitos ou seus advogados, para ouvir suas versões sobre o crime. (Luciana Araújo, com informações de Ronaldo Modesto)