A viabilização da hidrovia do Rio Tocantins será um marco para a economia de Marabá, mas também para o Estado do Pará e precisa ser tratada como prioridade. Foi o que reafirmou o governador Helder Barbalho a empresários da região em jantar organizado pela Associação Comercial e Industrial (Acim). O governante disse isso ao justificar que embarcaria no dia seguinte para Brasília para tratar com o Governo Federal sobre as obras da União que precisam ser encaradas como prioridade para o desenvolvimento do Norte do Brasil.
O encontro foi em um restaurante na véspera do aniversário de 110 anos de Marabá. Estavam presentes associados da Acim, além de convidados de outros setores, como o agronegócio. Só duas pessoas usaram da palavra: o anfitrião João Tatagiba, presidente da entidade e o próprio governador.
Também marcaram presença na ocasião o deputado estadual Wenderson Chamon, o Chamonzinho; o secretário regional de governo João Chamon; o presidente da Fundação Cultural do Pará, Thiago Miranda; o presidente da Câmara Municipal, Alécio Stringari e o também vereador Coronel Araújo.
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O presidente da Acim, João Tatagiba, destacou alguns pontos que considera fundamentais para o crescimento da região e agradeceu pelo constante diálogo que diz perceber da parte do governo do Pará já no primeiro governo Helder e que espera que siga neste novo mandato.
De outro lado, Helder também fez discurso nesse sentido, afirmando que precisa da interlocução com o setor produtivo e que sempre estará aberto ao diálogo sobre as demandas econômicas e de infraestrutura da nossa região. Ele destacou a recente concessão da rodovia PA-150, como uma das esperanças de melhorias, uma vez que a empresa licitada terá de investir mais de R$ 3 bilhões para modernizar o trecho de Marabá até a região metropolitana.
Também anunciou que nesta quarta-feira, ainda, estaria embarcando para Brasília para audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Na pauta: o pedido de recuperação emergencial da BR-155, de Marabá até Xinguara e da BR-158, que nos liga ao Mato Grosso, no sul do Pará.
Helder também pediria informações sobre as obras da construção da ponte sobre o Rio Araguaia, entre São Geraldo (PA) e Xambioá (TO), reafirmando a importância da inauguração da mesma.
Mas o prato principal da conversa seria mesmo a hidrovia do Rio Araguaia. A derrocagem do Pedral do Lourenço, que é a barreira que impede a navegabilidade completa em todas as épocas do ano, está por iniciar as obras. A licença ambiental foi concedida pelo Ibama ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em 2022, para obra de aumento da navegabilidade da hidrovia.
As obras são de remoção ou destruição de pedras submersas – o chamado derrocamento ou derrocagem – de um trecho conhecido como Pedral, além da retirada de bancos de areia no curso do rio.
A navegabilidade neste trecho do Rio entre Marabá e Tucuruí e, a partir dali pelas eclusas da barragem do Rio Tocantins, e até o porto de Barcarena é um sonho antigo da região, como indutor de desenvolvimento por meio do transporte de cargas. (Da Redação)