Há aquelas mulheres que veem o poder da colaboração e decidem unir forças em empreendimentos coletivos. Participar de um grupo de costureiras oferece benefícios que vão além das habilidades individuais. Compartilhar recursos, conhecimentos e experiências não apenas enriquece o ambiente de trabalho, mas também pode resultar em projetos mais complexos e diversificados. Além disso, a cooperação no campo da costura pode levar a uma clientela mais ampla, uma vez que o grupo pode oferecer uma gama mais abrangente de serviços.
O cérebro por trás do Galpão da Moda é Elane Lima, uma empreendedora de 37 anos que transformou sua paixão de infância em um negócio de sucesso. Com 15 anos de experiência no mercado da moda, ela compartilha que desde muito nova já era apaixonada por costura, mas nunca imaginou que viveria disso.
“Graças a Deus, deu tudo certo, e hoje tenho todos esses anos de mercado, sendo os últimos cinco dedicados exclusivamente ao meu ateliê de costuras”, conta Elane, que inicialmente começou com uma loja e ateliê, mas decidiu focar apenas na costura, um segmento que a encanta e considera promissor.
Leia mais:Ao longo dos anos, a empreendedora enfrentou desafios para encontrar sua verdadeira vocação. A priori ela manteve uma loja de roupas com um ateliê agregado, mas não deu muito certo. Foi quando decidiu cancelar a loja e se dedicar apenas à costura que as coisas começaram a fluir. Mas o processo de adaptação, no entanto, não parou por aí.
A pandemia trouxe novos desafios, levando Elaine a se reinventar: “Trabalhávamos com roupas sob medida, especialmente vestidos de festa. Com o período pandêmico, as festas deram uma pausa, e foi então que decidi começar a fazer uniformes empresariais. Deu super certo, e hoje atendo a muitas empresas locais e até de outras cidades”, destaca.
Questionada sobre os desafios enfrentados na época que ainda trabalhava como costureira, ela menciona a dificuldade na precificação e na valorização do trabalho manual. Mas também bate na tecla de que o preço é crucial, e muitas pessoas não dão o devido valor ao trabalho da costureira
Elane compartilha sua perspectiva sobre costureiras independentes, compreendendo as dificuldades que enfrentam. “A precificação prejudica bastante essas pessoas. É um trabalho manual delicado, mas as pessoas não valorizam. Por isso, no meu ateliê, focamos em uniformes empresariais e ajustes, fazendo parcerias com lojas locais”, explica a empreendedora.
(Thays Araujo)