Correio de Carajás

Conheça o case de sucesso do “Família Acolhedora” em Marabá

Siléia Rodrigues de Souza, 40 anos, está no terceiro acolhimento familiar desde que se cadastrou em 2019, no programa Família Acolhedora, implantado pela Prefeitura Municipal de Marabá, em 2017.

Atualmente, a professora, que tem um filho de 17 anos, acolhe uma menina de 4 anos já faz sete meses. Ela conheceu o programa por meio de uma ONG e se aprofundou no assunto durante um culto infantil realizado no abrigo, quando decidiu participar.

“Eu acho que a gente pode fazer muito mais do que doação de material escolar, de brinquedo ou valor financeiro. Fazer uma doação de amor é algo que a gente pode e receber em troca amor. Tem famílias em Marabá que estão precisando fazer sua contribuição em sentimento” enfatiza a professora ao falar da motivação que a levou a participar do programa.

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Assim como Sirléia, outras 15 famílias também se cadastraram no programa para acolher temporariamente crianças e adolescentes afastados do convívio familiar temporariamente por medida de proteção, tendo vivenciado situações de violência, negligência ou abandono.

Ao todo 14 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos já passaram pelo acolhimento familiar, que pode durar no máximo 2 anos. “Eu sei que vai ficar na memória dessas crianças. Elas vêm de um histórico de maus tratos, sofrimento e o nosso papel é ter paciência, dar amor, aquilo que a gente faz como ser humano” complementa a professora.

De acordo Renilde Ribeiro Xavier, psicóloga do Programa, as famílias acolhedoras têm feito diferença na vida das crianças e adolescentes, uma vez que proporcionam a elas um ambiente familiar. A psicóloga afirma que o resultado é percebido no desenvolvimento da criança, já que é um programa que tem como maior doação o amor.

 “E quando elas vão para essa família acolhedora, por isso que a gente faz um cadastro bem focado, são famílias que querem mesmo, elas vão dar isso para essas crianças, é amor, carinho, afeto o que é ser uma família. Muitas vezes vieram de uma família que não teve isso. Não teve uma família estruturada adequada para vivência dela. Sem contar que muitas vezes é na família acolhedora que eles vão receber a primeira sensação de carinho”, destaca a psicóloga.

Para participar do programa, os interessados devem preencher alguns requisitos, como ser maior de 24 anos; residir no município há pelo menos dois anos; dispor de saúde física e mental; não ser usuário ou dependente químico; comprovar idoneidade civil e criminal; ter disponibilidade para seguir as ações de formação promovidas pela equipe; dispor de tempo para dedicar aos cuidados da criança ou adolescente. As famílias ainda passam por uma triagem e curso de capacitação.

Ainda de acordo com Renilde o contato inicial com o Espaço de Acolhimento Provisório (EAP), em relação ao programa pode ser feito por meio do site: http://familiaacolhedora.maraba.pa.gov.br ou pelo telefone (94) 99209-1414.