Nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da operação “Tudo Nosso e nada deles”, que visa investigar uma associação criminosa especializada em fraudes a procedimentos licitatórios cometidos em municípios do sudeste do Pará. Participaram da deflagração cerca de 15 polícias federais.
Foi dado cumprimento a um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de Marabá e Tucuruí, além do afastamento de um servidor público municipal. Foram apreendidos R$ 52 mil em espécie, além do bloqueio de R$ 8 milhões das pessoas físicas e jurídicas investigadas. Também foi apreendido uma arma de fogo irregular.
O preso de Marabá é Charles Pereira Macedo, que havia sido preso no dia 22 de setembro na primeira fase da operação. Naquela ocasião, ele ficou apenas cinco dias na cadeia porque se tratava de uma prisão temporária. Mas agora é uma prisão preventiva.
Leia mais:De acordo com o delegado federal Geraldo Almeida, que comandou a operação, depois de fraudar as licitações para receber recursos de Saúde e Educação, as empresas recebiam o dinheiro, mas não prestavam o serviço, porque se tratava de empresas de fachada. “Os serviços não eram prestados, tendo em vista que as empresas não tinham funcionários contratados, não havia nenhum instrumento que pudesse ser colocado a serviço dessas empresas para cumprimento dos contratos”, explica.
Os investigados irão responder pelos crimes de peculato, artigo 312 do código penal, com pena de até 12 anos de reclusão; fraude à licitação, artigo 90 de lei 8.666/93, com pena de até 4 anos de detenção; associação criminosa, artigo 288 do código penal, com pena de até 3 de reclusão e posse irregular de arma de fogo, artigo 12 da lei 10.826/2003, com detenção de até 3 anos. (Chagas Filho – Com informações de Josseli Carvalho)