Quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (8), no contexto da Operação “White Card” da Polícia Civil, por meio da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Cometidos por Meios Cibernéticos. Os criminosos teriam relação com ataques de “crackers” que simulavam páginas da rede interna e sistema de informática do Banco do Brasil (BB), utilizando engenharia social para falsificação de cartões de crédito em branco.
Nesta operação foram detidos Elissandro Caetano de Sá, Thiago de Oliveira Silva, Fabrício Almeida Ladinho e Clepson Oliveira de Souza. Segundo o delegado Breno Ruffeil, titular da Divisão, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, com a apreensão de uma arma de fogo, um notebook, seis smartphones, chips de operadora de telefonia e quantia em dinheiro.
“O BB nos acionou após registrar uma série de reclamações de clientes que alegavam haver movimentações suspeitas em suas contas, todas em Marabá. A partir daí, iniciamos as investigações e constatamos a presença de, pelo menos, quatro envolvidos que foram presos hoje. As diligências seguem para a próxima fase da operação”, explica o delegado.
Leia mais:A quadrilha agia por meio da criação de um site falso do BB e com isso capturava os dados dos clientes, que acessavam a página, sem saber da farsa. Com os dados, os criminosos criavam cartões falsificados, chegando a sacar quase R$ 500 mil reais das contas dos clientes do banco.
“Verificamos que houve uma falha durante alguns dias na rede que opera os cartões de crédito, onde eles não conseguiam verificar a autenticidade e o limite. A partir daí, eles conseguiram realizar saques das contas de outros clientes do BB e a fraude foi descoberta após uns dois ou três dias, quando houve a detecção da falha de autenticação”, detalha Breno.
A ação realizada de forma simultânea contou com a participação de policiais civis do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e Núcleo de Apoio à Inteligência (NAI/Marabá).
OS HACKERS QUE SE CUIDEM
Com as prisões realizadas hoje somam-se 10 pessoas capturadas por crimes cibernéticos, o que deixou um alerta para as autoridades policiais sobre a prática desse tipo de delito. Na Operação “Pirata Virtual”, por exemplo, seis foram presos por hackear contas bancárias de desconhecidos para quitar boletos de taxas públicas e impostos de outras pessoas.
“Nossa divisão foi criada recentemente e começamos a operar no mês de abril deste ano com a missão institucional de investigar esse tipo de crime em Marabá. Neste pouco tempo já realizamos 10 prisões na cidade, estamos fazendo levantamento de indivíduos que têm envolvimento com crimes dessa natureza e acreditamos estar dando uma resposta à altura. Então, fica o recado, para quem mexe com isso, estamos indo atrás”, alerta o delegado Breno. (Zeus Bandeira)