Correio de Carajás

Sargento A. Matos cumpre bom combate e vai para a reserva da PM

Esta semana mais um guerreiro da Polícia Militar cumpriu seu dever e entrou para a reserva. Trata-se de Paulo Sergio Alves Matos, ou simplesmente sargento A. Matos, que completou 30 anos de uma ficha impecável. Ele sai da ativa com a sensação do dever cumprido e de cabeça erguida.

A cerimônia que marcou o fim do ciclo de A. Matos na “Briosa” foi marcada por uma bela homenagem, que começou na sede da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME) – onde comandou a Cavalaria durante 10 anos –, passando em carreata por várias ruas da cidade até se encerrar na porta de sua casa, onde o policial – agora reformado – foi entregue são e salvo para sua família.

Com sua família, ao lado do major Torres, comandante da 1ª CIME

“Após os 30 anos de efetivo serviço, a Polícia Militar retorna com o sargento para sua casa, deixando ele no ceio de sua família”, declarou a tenente Gabrielle, subcomandante da 1ª CIME, ressaltando que ele deixa o serviço com a mesma energia que entrou.

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Ao CORREIO, sargento A. Matos lembra que quando entrou nas fileiras da Polícia Militar achou que se fosse um emprego normal. Mas logo viu que não era. Foram muitas noites fora de casa, muitas datas festivas longe dos familiares, muitas missões, coisas que são comuns a policiais que integram uma tropa especializada, como era o caso dele. “É o preço de trabalhar na área operacional”, resume.

Viaturas policiais desfilaram pelas ruas em homenagem ao praça

A. Matos recorda que em várias noites estava com a família em casa, quando recebia uma ordem para se equipar e sair para missões que, muitas vezes, ele nem sabia onde era. Mas toda essa adrenalina o fez amar a profissão e fazer do trabalho policial mais do que uma profissão e sim uma missão de vida.

Apesar de toda essa correria, A. Matos sempre reservou tampo para a família e amigos, tanto dentro quanto fora da Polícia Militar. Sempre gostou de um futebolzinho – entre uma missão e outra – e também de uma boa resenha, porque ninguém é de ferro e debaixo de uma farda que provoca temor e respeito está um ser humano.

Policiais da 1ª Companhia fizeram uma bela formatura para o colega

Mas 30 anos de polícia não são 30 dias. É uma vida, onde há boas e más lembranças. O praça conta que viu colegas tombarem e também ele próprio correu muito risco. Por isso, A. Matos sempre diz aos colegas mais “modernos” que copiem as coisas boas dos policiais mais antigos.

Com a experiência de três décadas no combate ao crime, A. Matos observa que em todas as áreas existem bons e maus profissionais. Por isso, o bom policial precisa ter em mente que ele precisa voltar pra casa, sempre, “de cabeça erguida e consciência tranquila”. “As tentações aparecem, mas você tem que mostrar quem você é”, aconselha A. Matos. (Chagas Filho e Josseli Carvalho)