O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) realizou a sua Convenção Municipal na noite de sábado (12) e oficializou seus candidatos as Eleições 2020 em Marabá. Sem coligação, o partido lançou chapa pura com o professor universitário Rigler Aragão concorrendo a prefeito e a comerciária Kedylen Soares para vice. O partido ainda revelou parte da sua proposta para o Município, que envolve, por exemplo, a criação de uma empresa municipal de transporte público, como solução para o constante drama do transporte coletivo.
A convenção teve lugar no espaço Cabanagem, na Folha 21 e teve público restrito, devido à pandemia. Estavam presentes praticamente os candidatos que seriam apresentados e algumas lideranças do PSol. O uso de máscaras e espaçamento entre as cadeiras foi respeitado, além do fato de ser um ambiente aberto.
Leia mais:A deputada estadual Marinor Brito, uma das líderes do partido no Pará, enviou um vídeo que foi exibido na ocasião, destacando os ideais e comportamento que deve nortear as candidaturas da legenda este ano.
A chapa de oito candidatos a vereador pelo PSol é bem eclética, contando com professor, educador físico, estudantes, servidores públicos, advogado, artistas e mulheres de notório engajamento em diversas causas e áreas de atuação. Todos tiveram oportunidade de falar um pouco de si e de suas ideias.
Ao final, foi apresentada Kedylen Soares como a pessoa escolhida para companheira de chapa de Rigler na candidatura majoritária. É a primeira experiência dela, mas demonstrou, em sua fala, bastante conhecimento sobre os ideais do partido e muita iniciativa. Segundo o partido ela será tratada na campanha não como vice-prefeita, mas como “co-prefeita”.
O último a falar foi o agora candidato a prefeito, Rigler Aragão: “Precisamos defender o meio-ambiente, por que a gente não tem isso em Marabá. A gente tem uma degradação por conta da mineração. O município recebeu R$100 milhões em 2019, da exploração mineral. Alguém sabe quanto foi para a Saúde, para a Educação, para o transporte público? Ninguém sabe quanto foi. Se a gente olhar o orçamento do Município, teve mais gasto em urbanismo, que em outras áreas sociais que são essenciais”, destacou em uma de suas primeiras falas.
Outra área que mostrou toda a sua fragilidade durante a pandemia, segundo Rigler, foi a saúde pública, o que seria demonstrado nas filas nos hospitais, falta de medicamentos e equipamentos de segurança para os profissionais no primeiro momento.
Questionado pelo portal Correio sobre como o PSol pretende se colocar como contraponto aos demais partidos, como foi defendido durante a convenção, o candidato a prefeito respondeu:
“Uma das principais diferenças, desde 2016, é que a gente avisava que existe uma conjuntura que vai levar à possibilidade de governos implantarem propostas que são de arrocho salarial, retirada de direitos. E isso aconteceu. E a gente se apresenta como forma de defender nossos direitos, reafirmar o serviço público, o estado obrigado com a educação, saúde, as áreas sociais”, elencou o agora candidato.
Sobre o drama do transporte público, um assunto bem atual, o PSol propõe a estatização do serviço, hoje explorado por uma concessionária e que tem tido dificuldades.
“As empresas que passam sempre usam a justificativa de que não dá lucro (explorar o serviço). Bem, se não dá lucro para o setor privado, e sabemos que o empresário não faz investimento para ter uma margem pequena de retorno. Mas a Prefeitura pode criar sua empresa municipal de transporte público, desde que ela seja sustentável”, avaliou, destacando que o serviço de coletivos sempre foi precário para a população. (Da Redação)