Uma história que poderia ter terminado em tragédia, mas, teve um final com ato de heroísmo. Assim descreve a técnica em radiologia Zenilza Rocha de Lima, 35 anos, que foi socorrida pelo policial militar Alan dos Santos Lima, 28 anos. Tudo começou quando ela sofreu um mal súbito, na noite da sexta-feira (21), na Avenida Ypê, em Parauapebas.
Zenilza disse à reportagem que não conseguiu agradecer pessoalmente ao responsável por ter “salvado a minha vida”, e revela lembrar pouco do que aconteceu, apenas que estava dirigindo, por volta das 19h40, quando começou a passar mal.
“Não estava sentindo minhas pernas direito, avancei o sinal vermelho, mas só percebi o que havia feito quando começaram a buzinar”. Neste momento, Alan, que estava de folga, bateu no vidro dela, se apresentou como policial, e disse que a levaria para casa já que ela não estava em condições de dirigir.
Leia mais:A radiologista afirma nunca ter passado por algo parecido antes, alegando ter sido reflexo de desgaste físico, psicológico, além de um acúmulo de “situações pessoais”.
Depois de medicada, Zenilza sentiu a necessidade de agradecê-lo, porém, não lembrava sequer do nome do policial. Decidiu, então, escrever um texto de agradecimento, enviando de forma online à corporação. No texto, ela cita que poderia ter provocado um grave acidente, mas Deus colocou um anjo da guarda que não a julgou, prestou ajuda e auxílio.
Por fim, desejou que ele tenha uma vida abençoada, e que ela sempre terá gratidão.
O Correio de Carajás localizou o policial herói, que está há três anos na profissão. “Não esperava essa repercussão toda, foi uma atitude para mim normal, mas como nos dias de hoje está difícil ver boas ações, tomou essa proporção que nem eu imaginava”, descreve.
Lima conta que estava retornando de uma atividade física e percebeu o trânsito congestionado, em decorrência de um acidente, quando viu que um condutor havia avançado o sinal.
A princípio, o policial achou que poderia ser uma pessoa embriagada, já que o carro estava parado no meio da pista, e decidiu ir até o veículo, quando reconheceu que era uma mulher. “Bati duas vezes no vidro do carro, quando ela baixou, perguntei se estava tudo bem, ela então, respondeu que não, que estava tonta”. A mensagem de Zenilza chegou até o policial através do grupo da população, e o fez se sentir recompensado, mas, como ele mesmo diz, esta é a sua missão. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)