Uma guarnição da Polícia Militar prendeu na tarde de terça-feira (21), Domingos da Silva Rosa, de 32 anos, e Fábio Reis Júnior, o “Loirinho”, de 37. Eles são acusados de terem furtado o sargento José Carlos de Sousa Marinho, do Corpo de Bombeiros, quando este estava em via pública acidentado. Ao invés de socorrer o militar de 40 anos, os dois decidiram furtar os pertences dele e fugir sem pedir ajuda ou socorrer a vítima. O acidente ocorreu no cruzamento das ruas Afro Sampaio e Cuiabá, no Bairro da Paz (Cidade Nova), em Marabá.
Segundo o tenente Rodrigues, da Polícia Militar, foi possível chegar aos acusados porque o momento do furto foi filmado por uma câmera de segurança cujas imagens circulam nas redes sociais. A filmagem mostra a dupla chegando de moto, se aproximando da vítima e furtando dinheiro e o aparelho celular de Marinho.
Ao verificar as imagens e colher informações, os policiais conseguiram identificar primeiro o acusado “Loirinho”, que confessou o furto, até porque não tinha como negar, e entregou o comparsa dele, que ainda estava com o aparelho celular furtado do sargento Marinho.
Leia mais:Por outro lado, o sargento Matos, do Corpo de Bombeiros, comentou que seu colega trabalhava na ambulância salvando vidas e no dia que precisou de ajuda, quem cruzou seu caminho foram pessoas erradas.
Ele estava triste e indignado com a falta de humanidade da dupla de criminosos. “Quando a gente se depara com a escória da sociedade, como esses dois meliantes, isso deixa a gente revoltado porque possivelmente nosso irmão poderia estar entre nós ainda aqui. É muito triste, a corporação do Corpo de Bombeiros está arrasada”, lamentou, ao agradecer a ação rápida da PM, que prendeu a dupla.
Para o Correio de Carajás, o acusado “Loirinho” confirmou o furto e se disse arrependido. “Nosso único erro foi não ter prestado ajuda”, disse “Loirinho”, alegando que pegou R$ 70 que estavam no bolso do sargento. Por outro lado, o acusado Domingos inventou uma desculpa esfarrapada sobre o furto do celular. “Eu peguei pra guardar”, disse, de forma cínica.
Mas nenhum dos dois sequer comentou sobre o fato de que não pediram o auxílio de uma ambulância para socorrer a vítima, que agonizava na sarjeta e acabou morrendo menos de 24 horas depois. (Chagas Filho, Evangelista Rocha e Josseli Carvalho)