A segunda-feira (13) foi movimentada na Vila Nova Canaã, a popular “Vila do Rato”, na Marabá Pioneira. A Polícia Militar prendeu Marcelo José Silva de Souza, 24 anos, com 28 petecas de crack e 15 gramas de pasta base de cocaína. A missão não foi fácil: um traficante armado conseguiu fugir e atirou na direção dos policiais, que revidaram ao fogo, enquanto o malandro sumiu na mata que margeia o Rio Itacaiúnas. Além disso, uma criança de 11 anos foi apreendida e levada para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil.
De acordo com o cabo Correia Júnior, da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME), a viatura do Tático 2 entrou na Vila do Rato, em patrulhamento de rotina, e logo antes da ponte de metal, que fica no início do bairro, os PMs avistaram três jovens em atitude suspeita, debaixo das palafitas. Eles portavam drogas.
Os militares se dividiram, indo dois por um lado e dois por outro. Foi nessa hora que o traficante armado de revólver conseguiu fugir, atirando contra a guarnição. “Na hora da fuga, ele correu com a arma na mão e ainda efetuou um disparo. A gente respondeu ao fogo e não sabemos se ele foi baleado ou não, porque se embrenhou no matagal”, relata o policial, acrescentando que o traficante foi identificado pelo prenome de Reilan.
Leia mais:No local da abordagem, ficaram Marcelo José e o menino de 11 anos. Para a reportagem do Correio e para os policiais, Marcelo disse ser apenas usuário. Contou que mora na Vila São José (Km 8) e que é viciado em drogas desde os 14 anos, chegando a ser internado por várias vezes, mas nunca traficou.
Mesmo assim, ele e o menor foram levados para os procedimentos na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, cujo plantonista era o delegado Bruno Mesquita. O policial explicou que o flagrante por tráfico de drogas seria comunicado à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Depois disso, Marcelo José deve ser encaminhado hoje (14) a audiência de custódia, onde o juiz vai definir se o juiz converte o flagrante em prisão preventiva ou se dá o direito de o acusado responder em liberdade.
Delegado Bruno disse que, embora o acusado alegue ser apenas usuário de drogas, o local onde ele foi preso é comumente conhecido como um ponto de tráfico. Além disso, os apetrechos para o comércio de drogas foram apreendidos. “Nós vamos garantir os direitos dele e a oportunidade defesa”, resumiu o policial.
Mas o trabalho da Polícia Judiciária não parou por aí. O menor ficou de ser entregue ao cuidado do pai, que compareceu à delegacia. Ao mesmo tempo em que o delegado vai expedir ordem de missão para tentar encontrar o traficante Reilan. “O tráfico fomenta outros crimes, como os patrimoniais e contra a pessoa, tudo isso motivado pelo vício das drogas e pela ganância em se dar bem de uma forma ilícita”, resume Bruno Mesquita. (Josseli Carvalho e Chagas Filho)