O presidente Jair Bolsonaro escolheu Milton Ribeiro para assumir o Ministério da Educação (MEC). Ele é ligado à Universidade Mackenzie e tem doutorado em Educação registrado no currículo. Conforme revelou o GLOBO, Ribeiro passou a ser cotado esta semana por indicação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, auxiliar de confiança de Bolsonaro. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Bolsonaro usou seu perfil no Facebook para anunciar a indicação de Milton Ribeiro para a pasta.
“Indiquei o Professor Milton Ribeiro para ser o titular do Ministério da Educação”, escreveu. O presidente afirmou ainda que ele é “doutor em Educação pela USP, mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em Direito e Teologia”.
Leia mais:O presidente também ressaltou que o professor é membro da Comissão de Ética da Presidência, mandato que terá de abrir mão para assumir a cadeira no MEC.
Milton Ribeiro é pastor reverendo na Igreja Presbiteriana de Santos, litoral de São Paulo, o que foi considerado como um aceno ao grupo de evangélicos e à ala ideológica do governo.
Segundo o currículo acadêmico na plataforma Lattes, Milton Ribeiro é graduado em Teologia e Direito, fez mestrado em Direito e doutorado em Educação — essa última formação pela Universidade de São Paulo, em 2006. É também membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da qual foi vice-reitor e reitor em exercício.
Ribeiro foi nomeado por Bolsonaro, em maio de 2019, para a Comissão de Ética Pública ligada à Presidência da República. Foi a primeira indicação feita pelo atual presidente para o colegiado, cuja função é investigar ministros e servidores do governo. O mandato dele na Comissão de Ética terminaria em 2022.
Será o quarto ministro do MEC em um ano e meio de governo Bolsonaro. Após Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub, o economista Carlos Decotelli teve uma passagem relâmpago à frente da pasta. Ele ficou menos de uma semana no comando do ministério e pediu demissão após repercussão negativa sobre o fato de o seu currículo conter informações falsas e a acusação de plágio em sua dissertação de mestrado. (O Globo)