A detenção do médico peruano Homero Reynaldo Ordonez Ramos aconteceu na Unidade de Internação do Covid-19, em Canaã dos Carajás, no último sábado (4), durante a remoção de um paciente. O profissional foi denunciado pela equipe médica que, ao verificar a documentação do servidor, percebeu que havia algo errado, desconfiaram de irregularidade e acionaram a Polícia Civil.
O médico naturalizado brasileiro é acusado de exercício ilegal da profissão e foi levado para a delegacia do município, onde prestou depoimento. Segundo a polícia, a cédula de identidade médica dele, ou seja, o registro junto ao Conselho Regional de Medicina, estava vencida desde 2017.
Durante o interrogatório, Homero confessou que estava trabalhando com documentação inválida. Ainda de acordo com a polícia, o servidor vinha tentando trabalhar com o CRM vencido em outros estados brasileiros.
Leia mais:Em nota, a Prefeitura de Canaã dos Carajás informou que o médico citado faz parte da equipe de remoção que presta serviço para a Secretaria Municipal de Saúde e não era funcionário da administração. “Ele iria integrar a equipe de remoção de uma paciente do Hospital de Campanha, mas a equipe do Hospital verificou que ele estava com CRM suspenso. Imediatamente foi comunicado à empresa e solicitada a substituição do médico. Como já citado, a própria equipe do Hospital detectou a irregularidade e acionou as autoridades. A empresa está tomando as medidas cabíveis com o profissional e informou que, quando ele foi admitido, possuía CRM regular, após a suspensão a empresa não foi comunicada”, diz o posicionamento.
A empresa para a qual o médico trabalhava, a SC Saúde e Serviços Eirelli, também emitiu nota esclarecendo que o médico consta no quadro de prestadores de serviços da empresa na renovação anual de certificado de regularidade de pessoas jurídica de 2020 e que em nenhum momento a empresa foi notificada pelo CRM-PA que o prestador teve a inscriçãos uspensa. “Salientamos que o referido profissional tinha CRM válido à época do cadastro, do contrário o CRM-PA teria indeferido a renovação e solicitado a retriada do profissional do quadro de presadores de serviço da empresa”. Por fim, a empresa diz também se sentir vítima da ocorrencia.
. (Nyelsen Martins e Carol de Paula)