As queimadas no bioma Amazônia aumentaram 19,6% em junho de 2020, chegando a 2.248 focos ativos, contra 1.880 no mesmo mês ano passado, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com base em imagens de satélite. É o maior número observado em 13 anos.
Segundo o Inpe, a média histórica para junho é de 2.724 focos ativos de queimadas no bioma Amazônia. Em junho de 2020, o índice ficou 17% abaixo da média dos últimos 21 anos, mas o número não passava dos 2 mil desde 2007, quando houve 3.519 pontos de incêndio na floresta.
Entre janeiro e junho foram 10.395 focos em todo o país, contra 8.821 no mesmo período do ano passado – um crescimento de 17,8%.
Leia mais:A Amazônia Legal — que é composta pela totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão — registrou 4.596 focos ativos de incêndio em junho, número próximo ao apresentado para o mesmo mês no ano passado (4.838) que já era superior às contagens dos últimos cinco anos.
O Inpe realiza medições desde 1986, após ter realizado um experimento de campo em conjunto com pesquisadores da Nasa. O sistema, porém, foi aperfeiçoado em 1998 após a criação de um programa no Ibama para controlar as queimadas no país. Os dados da série histórica estão disponíveis desde junho de 1998.
Desmatamento na região
Os dados de alertas de desmatamento referentes ao mês de junho ainda não foram finalizados pelo Inpe. Os mais recentes vão até o dia 18.
Nesta primeira metade do mês o Deter emitiu alertas para 610 km². No ano passado, em todo os 30 dias do mês, foram 936 km². Ou seja, os dados incompletos mostram que o mês já teve 65% dos alertas do ano passado.
Os alertas do mês superam os meses de junho de 2018 (488,4 km²) e de 2017 (608,3 km²). (Fonte:G1)