Mais de três mil pessoas deram entrada no seguro desemprego nos últimos 20 dias em Parauapebas, um aumento de 300% comparado ao ano passado, conforme os dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Renato Araújo faz parte desta estatística, estando há dois meses desempregado e afirmando estar difícil se recolocar no mercado. “Até os amigos ajudam a gente, fazem uma vaquinha para a gente sobreviver”, lamenta.
Rogério Alves, responsável pelo setor de Relacionamento Empresarial do Sine, em Parauapebas, conta que a procura está grande, porém o trabalho do órgão é orientar o trabalhador que procura pelo benefício, já que o trâmite é feito pelo trabalhador de forma online, conforme determina o Governo Federal.
Leia mais:Rogério fala que a orientação é necessária por muitas pessoas ainda não terem familiaridade com a internet. Ele ainda prevê melhora no cenário de empregos na cidade, pois, no mês de junho, foram ofertadas pelo Sine 200 oportunidades de emprego, no entanto, no mesmo período do ano passado, o número de ofertas foi de mil. “Mas no mês de agosto deve melhorar”, estima.
No site da Caixa, o trabalhador também pode tirar as dúvidas. Para receber o Seguro Desemprego o trabalhador deve ter carteira assinada e ter sido demitido sem justa causa, incluindo casos de rescisão indireta (quando o empregado “dispensa” o patrão).
O valor de cada parcela do seguro-desemprego varia de R$ 1.045, valor do salário mínimo desde fevereiro de 2020, a R$ 1.813,03. O trabalhador recebe entre três e cinco parcelas. A quantidade varia de acordo com quantas vezes o trabalhador já fez o pedido e quanto tempo trabalhou antes da demissão.
Para calcular o valor do seguro-desemprego, é preciso somar o salário dos três meses antes de ser dispensado e dividir o total por três. (Theíza Cristhine e Adersen Arantes)