Correio de Carajás

Indígenas da tribo Suruí passam por testagem

A equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou testagem, atendimento médico e distribuição de medicamentos para os índios da tribo Suruí-aikewaras, localizados a 130 km de distância de Marabá, na aldeia Sororó, no sábado (13). O trabalho faz parte da 1° etapa de testagem itinerante, promovida pelo município em todos os núcleos da cidade e na zona rural. Nesta segunda-feira (15), a ação ocorre na Vila São José e na terça-feira (16) será a vez da Vila Sororó.

 “Melhorará muito para nós sabermos se estamos ou não com a Covid-19. Muito boa a vinda do médico e da equipe para realizar o teste rápido. Muito importante para nós da aldeia”, comenta o cacique Mahu Suruí.

Além de enfermeiros, técnicos e equipe de apoio, a Prefeitura levou dois médicos para realizar as consultas na aldeia. “Fomos convidados para dar assistência e viemos com a equipe completa. Somos dois médicos, que após a coleta do sangue, recebemos os indígenas e damos assistência, orientação e prescrevemos o medicamento de acordo com os sintomas, tempo e condições especiais”, explica o médico do Hospital Municipal de Marabá (HMM), Luíz Sergio Matos dos Santos.

Leia mais:

A indígena, Murue Suruí, de 30 anos, realizou a testagem e levou os filhos Ywatnywa Suruí e Ywapironghu Suruí, de 10 e 4 anos respectivamente, para a realização dos testes. “Aqui na tribo tivemos casos positivos, inclusive de parentes próximos. Por isso toda minha família veio fazer. Principalmente as crianças que são difíceis segurar em casa”, conta.

Tribo tribo Suruí-aikewaras, a 130 quilômetros da sede de Marabá

A ação movimentou toda a tribo que conta com mais de 300 indígenas. O jovem Tawira Suruí, que estava acampado na mata voltou à aldeia para realizar o teste e a consulta. “Ação importante que não podemos deixar passar. Todos que estavam acampados voltaram quando soubemos que a equipe da Prefeitura estaria aqui”, relata.

A coordenadora do Departamento de atenção Básica da Prefeitura de Marabá, Mônica Boechat, explica que todo o processo é muito rápido e tem como objetivo principal a prevenção. “Funcionou da mesma forma que já vínhamos trabalhando. Agora iniciamos a ação saindo um pouco do centro da cidade e indo para as zonas rurais. O objetivo é a prevenção da comunidade. Acolhemos, fazemos notificação, pegamos dados, triagem, realizamos os testes, quando positivo passa pelo médico, consulta e, posteriormente, entrega de medicamento”, completa. (Com Ascom PMM)