Correio de Carajás

Vídeo de assassinato pode identificar pistoleiros

A reportagem do CORREIO teve acesso no início da noite desta segunda-feira (25) às imagens do assassinato do morador de rua Tales Augusto Machado, de 23 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 2 deste mês na Avenida Nagib Mutran, bem debaixo do semáforo, no centro da Cidade Nova. As imagens de uma câmera instalada no local são nítidas e através delas a polícia espera colocar as mãos nos pistoleiros.

Quaisquer informações já podem ser repassadas para o Disque Denúncia pelo telefone fixo (94) 3312-3350, pelo WhatsApp (94) 98198-3350 ou ainda pelo aplicativo Disque Denúncia Sudeste do Pará. Os interessados em colaborar com as investigações também podem procurar diretamente o Departamento de Homicídios da Polícia Civil.

Procurado por telefone, o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular da delegacia especializada, disse que as imagens e o relatório da perícia feita pelo Centro de Perícias (CPC) “Renato Chaves” mostram que os dois criminosos chegam em uma moto sem placa e o indivíduo que está na garupa já desce atirando. Dá para identificar as roupas, o calçado e até a meia branca do piloto da moto, que está de bermuda.

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Especificamente sobre o atirador, chama atenção do delegado o fato de que o saque da arma, a empunhadura e o disparo revelam que se trata de alguém que tem destreza na utilização de armas de fogo. O matador dá mais de oito disparos, sendo os primeiros à queima roupa.

Instigado a falar mais sobre a investigação, o delegado Toni – embora reservado – revelou que afora o vídeo há mais elementos que devem ajudar a descobrir tanto a motivação quanto a autoria do assassinato de Tales, que era natural de São Paulo, mas que vivia pelas ruas da Cidade Nova, praticando pequenos furtos e incomodando as pessoas, principalmente trabalhadores e donos de comércios.

Segundo Toni Vargas, a dupla da moto (provavelmente de cor preta) já estava rondando a área momentos antes do assassinato. Mas não é só isso. Também no mesmo dia do crime, Tales chegou a comentar mais de uma vez, nos arredores da Praça São Francisco, onde caiu sem vida, que ele iria morrer naquele dia.

Todas essas informações ajudam a compor a linha de investigação do Departamento de Homicídios, por isso o delegado pede que as pessoas colaborem pelo Disque Denúncia, que mantém o anonimato dos informantes, levando toda informação que tiverem sobre o caso. “Qualquer dado é relevante”, resume o delegado.

Ainda de acordo com ele, o fato de alguém ser morador de rua não dá o direito de ninguém matá-lo. Para conter esses problemas sociais e criminais, existem a polícia e o Ministério Público. Marabá não pode mais aceitar esse tipo de violência.

ATENÇÃO: ALERTA DE IMAGENS FORTES!