O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participa, na tarde desta segunda-feira (18), de uma reunião com o governador do Pará, Helder Barbalho, para debater estratégias de combate ao novo coronavírus no estado. O ex-ministro chegou em Belém por volta das 12h e, a tarde, tem um encontro privado com o governador e o secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame.
De acordo com o Governo do Pará, Mandetta veio ao estado como convidado da organização Comunitas, entidade social especialista em parcerias público-privadas, que atua junto a governos estaduais e municipais.
A chegada de Mandetta à capital paraense já havia sido anunciada por Barbalho. No domingo (17), o governador informou que convidou o ex-ministro para uma reunião que discute o avanço da Covid-19 no estado.
Leia mais:“Eu e o Beltrame [Alberto, Secretário da Saúde do Pará] convidamos ele para vir para cá debater estratégias que possam fortalecer as ações do governo do estado na luta contra o coronavírus”, revelou.
Na ocasião, Barbalho também anunciou a chegada de 50 respiradores do Ministério da Saúde. Os equipamentos foram transferidos para unidades de saúde do estado. Segundo o governador, os equipamentos estão chegando para somar 390 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) na cobertura de atendimento para casos da Covid-19.
Pará como novo epicentro da doença
Em entrevista à jornalista Leda Nagle, Luis Henrique Mandetta afirmou que o Pará poderá ser o próximo epicentro da pandemia no Brasil. Segundo o ex-ministro, a curva de casos no estado está ascendente e não há indicativos de queda.
“Se você me perguntar hoje quem é que tá com o maior problema, é o Pará. O Pará vai ser o epicentro, vai deslocar de Manaus e vai cair no Pará, em Belém. Ela tá com a curva dela só que sobe. Nas próximas duas, três semanas, ela vai sofrer muito. O sistema já tá começando a fase de colapso, ela vai atravessar o mês de junho colapsada. Então falar em atividade econômica em Belém é, assim uma, ninguém vai, as pessoas vão conhecer pessoas, vizinhos, que morreram. Não vai rolar”, afirmou Mandetta no canal da jornalista na internet.
Há um mês a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) previram a situação que o Pará estaria em meados de maio em relação ao avanço da Covid-19. Pesquisadores estimaram que o pico da Covid-19 no Pará poderia ocorrer no dia 14 de maio, quando o Pará estaria com 12 mil novos infectados em 24 horas neste dia. A projeção estatística indicava que o número total de infectados pode chegar a 200 mil pessoas, caso não sejam atendidas as medidas de distanciamento social.
No último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) às 12h desta segunda (18), foram confirmados 533 casos e 50 óbitos da Covid-19. Agora, o Pará tem 14.734 casos confirmados e 1.330 óbitos. (Fonte:G1)