Um caso extraconjugal terminou em tragédia na tarde desta terça-feira (12), em Parauapebas. O técnico em enfermagem Ernandes Rodrigues Pereira, 25 anos, foi morto a tiros no Bairro Nova Vida II, por volta das 13h30. Ele estava acompanhado da amante, que é colega de trabalho. A Polícia Civil procura pelo marido dela, identificado apenas como Carlos, principal suspeito de ser o mandante do crime ou o próprio executor.
De acordo com a delegada Ana Carolina, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, a possibilidade de latrocínio, divulgada nas primeiras horas, foi descartada pela investigação. “O que nós apuramos até agora é que a vítima estava tendo um caso extraconjugal com a colega de trabalho e, inclusive, já estava sendo ameaçada há alguns meses pelo marido dessa colega de trabalho, que descobriu o relacionamento extraconjugal”, informou a delegada.
Ainda de acordo com ela, nesta terça, a colega de Ernandes teria dito ao marido que queria a separação. Por conta das ameaças, a vítima já estava sendo acompanhada diariamente ao trabalho pelo irmão. “Ele relatou que o irmão chegou a ser seguido pelo carro do esposo da amante da vítima, então já temia que isso pudesse vir a acontecer”, comenta a delegada.
Leia mais:Ernandes estava no carro da amante quando foi baleado. Atingido por três tiros, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Tanto a mulher quanto o marido desapareceram após o crime, mas o carro dela foi encontrado na casa do casal, com perfurações por projéteis e sangue.
“Não foi levado nenhum objeto da vítima, portanto, nós descartando essa possibilidade de latrocínio. A polícia trabalha com a possibilidade de homicídio qualificado, um crime passional motivado por ciúmes, e que o marido da amante da vítima teria executado. A gente ainda não conseguiu identificar se foi ele o autor dos disparos ou se ele foi o mandante, mas a gente fechou que há envolvimento dele e que foi um crime passional”, ressalta,
A Polícia Civil deve pedir ainda nesta quarta-feira a prisão preventiva do homem. Até o momento, já foram ouvidos parentes de Ernandes e a companheira dele, que desconhecia o relacionamento do marido e as ameaças. “Ela estava bastante abalada, mas não tinha conhecimento desse relacionamento extraconjugal que o marido dela vinha mantendo com a colega de trabalho. O irmão dele e o pai dele tinham conhecimento e das ameaças que ele vinha sofrendo também”.
Hernandes nunca havia procurado a Delegacia de Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência denunciando as ameaças. A delegada solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro do casal que utilize o Disque Denúncia pelo número 180, anonimamente. “Não descartamos, mas ainda não deslumbramos a participação dela, porém ela será ouvida”, finalizou. (Luciana Marschall e Ronaldo Modesto)