Diante do quadro alarmante de contaminação pelo Coronavírus em Parauapebas, a vereadora Eliene Soares (MDB) apresentou indicação na sessão desta terça-feira, 28 de abril, solicitando ao município que faça a contratação urgente de médicos intensivistas.
Segundo a vereadora, Parauapebas, com todo recurso que tem e com mais de 200 mil habitantes, tem apenas um médico intensivista e, agora, ante a pandemia, precisa com urgência de mais profissionais.
A proposição, de Nº 114, foi aprovada e agora segue para análise do Executivo. A vereadora destacou que o aumentou dos casos de Covid-19 requer profissionais capacitados para atuação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Leia mais:Ela observa que quando a doença se agrava o paciente precisa ser internado em UTI e o município hoje não dispõe de médicos intensivistas para atender essa demanda. Segundo a vereadora, ter apenas um profissional intensivista é estarrecedor para o enfrentamento da Covid-19.
Ela salienta que nem nos piores pesadelos uma pessoa gostaria de acabar em uma UTI, mas nestes tempos de coronavírus muitos cidadãos estão chegando lá e até morrendo. “Temos de dar um basta nisso e garantir esse tipo de suporte ao mínimo de pessoas possível, para que todos tenham direito à vida. E é aí que entra a figura do intensivista, que está em falta aqui no município”, frisou Eliene.
A vereadora ainda observou que o médico intensivista que atua em Parauapebas ainda se divide entre o serviço público e a iniciativa privada. “Precisamos de profissionais full time e em número razoável. O nosso município tem plenas condições financeiras para garantir isso”, asseverou.
Eliene apresentou os dados do Ministério da Saúde, mostrando que o Pará tem 248 intensivistas, 184 deles dedicados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e Parauapebas está entre os lugares com mais de 100 mil habitantes e que apresenta a pior relação de intensivista pelo total da população. “É um disparate para uma cidade com a nosso poder financeiro”, criticou.
Ela relatou que Redenção, por exemplo, com 85 mil habitantes, tem dois instensivistas e ambos atendem pelo SUS. Marabá tem quatro, dois deles no SUS. Altamira, com metade da população de Parauapebas, tem 16 e todos pelo SUS. Tucuruí, também com metade da população da Capital do Minério, tem três e todos pelo SUS.
“Essa falta de profissional habilitado a lidar com pacientes graves e com internação em UTI pode acabar custando mais caro social e moralmente ao município”, alertou. (Tina Santos)