De voar em avião fretado por conta do dinheiro público o deputado federal Nilson Pinto de Oliveira (PSDB) entende muito bem. Em dois anos (2015-2016) dez dos 17 deputados federais do Pará usaram da prerrogativa de fretar uma aeronave para seus deslocamentos, isso sem contar as passagens aéreas em voos comerciais. Juntos, os 10 deputados gastaram R$ R$ 632.285,40 e Nilson Pinto foi responsável por consumir quase 50% desse recurso.
Todas as informações sobre os gastos dos deputados federais estão disponíveis em um aplicativo de celular criado por um grupo de jovens de uma faculdade de Porto Alegre. O “Meu Deputado” rastreia a vida do parlamentar e ainda faz comparações com outros colegas do mesmo estado.
Ela foi criada por alunos da Universidade Católica do Rio Grande do Sul para descomplicar a avaliação dos gastos de deputados federais.
Leia mais:No aplicativo, é possível identificar onde foi investida a verba destinada aos políticos, como divulgação, combustível, passagens áreas, hospedagem, entre outros.
Outras informações, como a presença dos deputados nas sessões do Plenário e o posicionamento em relação a votações também estão disponíveis no “Meu Deputado”.
No caso do aluguel de aeronaves, o deputado Nilson Pinto pagou R$ 305.700,00 com aluguel de aeronave, o que daria para comprar 50% de um avião de pequeno porte. Apenas um fretamento consumiu R$ 19.000,00 num percurso a bordo de um Cessna 310 R, saindo de Belém, passando por Goianésia, Tailândia, Santa Maria, Prainha e retornando à capital. Os voos dele variam de modelo de avião, mas quase sempre é pela Stillus Táxi Aéreo ou Pilar Táxi Aéreo.
Outro deputado que é chegado a um fretamento de aeronave com dinheiro público é Francisco Chapadinha, que usou R$ 116.435,40 de seu “cotão” para fretar avião. Em terceiro lugar aparece o excêntrico Wladimir Costa, que gastou em dois anos R$ 70.500,00 com o serviço de táxi aéreo.
Lúcio Vale surge em quarto com R$ 48.300,00; Arnaldo Jordy R$ 26.550,00; Beto Salame R$ 17.000,00; Zé Geraldo e Júlia Marinho R$ 15.000,00; Elcione Barbalho R$ 13.800,00; Beto Faro R$ 4.000,00.
Passagens aéreas
Os gastos dos parlamentares paraenses com passagens aéreas nos anos de 2015 e 2016 não parecem absurdos, como o fretamento de aeronaves. Os 17 parlamentares desembolsaram e pediram retorno de despesas que chegam a R$ 93.963,58.
O deputado e delegado Eder Mauro lidera essa lista. Gastou R$ 18.514,18 no período, contra R$ 15.582,27 de seu colega Joaquim Passarinho, segundo colocado. Beto Salame surge em terceiro com gastos de R$ 11.000,93; Edmilson Rodrigues, um dos mais tímidos entre outros gastos, surge em quarto com R$ 10.755,54.
Beto Salame e as consultorias
Entre os 17 deputados federais, onze deles usaram recursos disponíveis através da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) nos anos de 2015 e 2016 com consultorias. Beto Salame, de Marabá, é o que mais gastou no biênio com pagamento de consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Ao todo, entre 2015 e 2016, o irmão do ex-prefeito João Salame utilizou de seu “cotão” o valor de R$ 295.000,00 para pagar escritórios de advocacia de Belém para lhe auxiliar no mandato em Brasília.
O segundo colocado nesse ranking é o deputado Beto Faro, que fez uso de R$ 154.000,00 para esse mesmo serviço. Em seguida, em terceiro lugar, aparece Josué Bengston, com R$ 141.908,40. Hélio Leite gastou R$ 125.000,00; Simone Morgado R$ 91.000,00; Elcione Barbalho R$ 79.284,00; Francisco Chapadinha usou R$ 56.000,00; e Júlia Marinho R$ 3.050,00.
O aplicativo Meu Deputado faz até um ranking dos gastos mensais por atividade parlamentar. No caso das consultorias, Beto é líder absoluto, ocupando o primeiro lugar pelo gasto de R$ 41.000,00 no mês de julho de 2015, mas também detém o segundo lugar por utilizar R$ 37.000,00 em janeiro de 2016. No top 10, ele aparece, de novo, em 9º lugar nesse mesmo item com pagamentos iguais de R$ 18.500,00 nos meses de maio e junho de 2015.
No caso do representante marabaense na Câmara dos Deputados, seus gastos com assessorias foram avaliados a parte. Em 2015, contratou a empresa Bordalo e Botelho/Advocacia e Assessoria, de Belém, para lhe prestar, entre outras coisas, assessoramento jurídico junto às atividades da Comissão de Integração da Amazônia, formulação de nota técnica sobre a PEC 171 e até elaboração de requerimentos para o Ministério da Saúde e um simples pedido de audiência pública sobre o cumprimento das condicionantes para a construção da Alpa e ainda do sistema prisional brasileiro, por exemplo.
No ranking realizado pelo aplicativo Meu Deputado, avaliando os maiores “gastões” com pagamento para assessoria em um único mês, Beto Salame ocupa a 34º posição em nível nacional, tendo pago R$ 41.000,00 em junho de 2015.
Em julho do mesmo ano está registrada a maior despesa de Beto em um mês até aqui, no valor de R$ 73.542,09. Desse total, a maior fatia naquele mês foi abocanhada pela empresa Doxa Arte e Comunicação (R$ 23.000,00), a mesma que fez a pesquisa eleitoral para seu irmão João Salame em 2012. O valor foi pago à empresa, segundo recibo e notas fiscais disponíveis no site da Câmara dos Deputados, “para realização de uma pesquisa de opinião para avaliar a influência dos projetos minerais da Vale nos municípios de Canaã dos Carajás, Marabá, Parauapebas e Curionópolis”, sob a justificativa de subsidiar posicionamento do mandato parlamentar.
A mesma Doxa havia feito, um mês antes, uma outra pesquisa para o parlamentar marabaense. O valor foi de R$ 18.500,00 para pesquisar, entre os populares, a avaliação do tema “redução da maioridade penal” em Marabá, Xinguara e Curionópolis “para subsidiar posicionamento de mandato parlamentar”.
De voar em avião fretado por conta do dinheiro público o deputado federal Nilson Pinto de Oliveira (PSDB) entende muito bem. Em dois anos (2015-2016) dez dos 17 deputados federais do Pará usaram da prerrogativa de fretar uma aeronave para seus deslocamentos, isso sem contar as passagens aéreas em voos comerciais. Juntos, os 10 deputados gastaram R$ R$ 632.285,40 e Nilson Pinto foi responsável por consumir quase 50% desse recurso.
Todas as informações sobre os gastos dos deputados federais estão disponíveis em um aplicativo de celular criado por um grupo de jovens de uma faculdade de Porto Alegre. O “Meu Deputado” rastreia a vida do parlamentar e ainda faz comparações com outros colegas do mesmo estado.
Ela foi criada por alunos da Universidade Católica do Rio Grande do Sul para descomplicar a avaliação dos gastos de deputados federais.
No aplicativo, é possível identificar onde foi investida a verba destinada aos políticos, como divulgação, combustível, passagens áreas, hospedagem, entre outros.
Outras informações, como a presença dos deputados nas sessões do Plenário e o posicionamento em relação a votações também estão disponíveis no “Meu Deputado”.
No caso do aluguel de aeronaves, o deputado Nilson Pinto pagou R$ 305.700,00 com aluguel de aeronave, o que daria para comprar 50% de um avião de pequeno porte. Apenas um fretamento consumiu R$ 19.000,00 num percurso a bordo de um Cessna 310 R, saindo de Belém, passando por Goianésia, Tailândia, Santa Maria, Prainha e retornando à capital. Os voos dele variam de modelo de avião, mas quase sempre é pela Stillus Táxi Aéreo ou Pilar Táxi Aéreo.
Outro deputado que é chegado a um fretamento de aeronave com dinheiro público é Francisco Chapadinha, que usou R$ 116.435,40 de seu “cotão” para fretar avião. Em terceiro lugar aparece o excêntrico Wladimir Costa, que gastou em dois anos R$ 70.500,00 com o serviço de táxi aéreo.
Lúcio Vale surge em quarto com R$ 48.300,00; Arnaldo Jordy R$ 26.550,00; Beto Salame R$ 17.000,00; Zé Geraldo e Júlia Marinho R$ 15.000,00; Elcione Barbalho R$ 13.800,00; Beto Faro R$ 4.000,00.
Passagens aéreas
Os gastos dos parlamentares paraenses com passagens aéreas nos anos de 2015 e 2016 não parecem absurdos, como o fretamento de aeronaves. Os 17 parlamentares desembolsaram e pediram retorno de despesas que chegam a R$ 93.963,58.
O deputado e delegado Eder Mauro lidera essa lista. Gastou R$ 18.514,18 no período, contra R$ 15.582,27 de seu colega Joaquim Passarinho, segundo colocado. Beto Salame surge em terceiro com gastos de R$ 11.000,93; Edmilson Rodrigues, um dos mais tímidos entre outros gastos, surge em quarto com R$ 10.755,54.
Beto Salame e as consultorias
Entre os 17 deputados federais, onze deles usaram recursos disponíveis através da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) nos anos de 2015 e 2016 com consultorias. Beto Salame, de Marabá, é o que mais gastou no biênio com pagamento de consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Ao todo, entre 2015 e 2016, o irmão do ex-prefeito João Salame utilizou de seu “cotão” o valor de R$ 295.000,00 para pagar escritórios de advocacia de Belém para lhe auxiliar no mandato em Brasília.
O segundo colocado nesse ranking é o deputado Beto Faro, que fez uso de R$ 154.000,00 para esse mesmo serviço. Em seguida, em terceiro lugar, aparece Josué Bengston, com R$ 141.908,40. Hélio Leite gastou R$ 125.000,00; Simone Morgado R$ 91.000,00; Elcione Barbalho R$ 79.284,00; Francisco Chapadinha usou R$ 56.000,00; e Júlia Marinho R$ 3.050,00.
O aplicativo Meu Deputado faz até um ranking dos gastos mensais por atividade parlamentar. No caso das consultorias, Beto é líder absoluto, ocupando o primeiro lugar pelo gasto de R$ 41.000,00 no mês de julho de 2015, mas também detém o segundo lugar por utilizar R$ 37.000,00 em janeiro de 2016. No top 10, ele aparece, de novo, em 9º lugar nesse mesmo item com pagamentos iguais de R$ 18.500,00 nos meses de maio e junho de 2015.
No caso do representante marabaense na Câmara dos Deputados, seus gastos com assessorias foram avaliados a parte. Em 2015, contratou a empresa Bordalo e Botelho/Advocacia e Assessoria, de Belém, para lhe prestar, entre outras coisas, assessoramento jurídico junto às atividades da Comissão de Integração da Amazônia, formulação de nota técnica sobre a PEC 171 e até elaboração de requerimentos para o Ministério da Saúde e um simples pedido de audiência pública sobre o cumprimento das condicionantes para a construção da Alpa e ainda do sistema prisional brasileiro, por exemplo.
No ranking realizado pelo aplicativo Meu Deputado, avaliando os maiores “gastões” com pagamento para assessoria em um único mês, Beto Salame ocupa a 34º posição em nível nacional, tendo pago R$ 41.000,00 em junho de 2015.
Em julho do mesmo ano está registrada a maior despesa de Beto em um mês até aqui, no valor de R$ 73.542,09. Desse total, a maior fatia naquele mês foi abocanhada pela empresa Doxa Arte e Comunicação (R$ 23.000,00), a mesma que fez a pesquisa eleitoral para seu irmão João Salame em 2012. O valor foi pago à empresa, segundo recibo e notas fiscais disponíveis no site da Câmara dos Deputados, “para realização de uma pesquisa de opinião para avaliar a influência dos projetos minerais da Vale nos municípios de Canaã dos Carajás, Marabá, Parauapebas e Curionópolis”, sob a justificativa de subsidiar posicionamento do mandato parlamentar.
A mesma Doxa havia feito, um mês antes, uma outra pesquisa para o parlamentar marabaense. O valor foi de R$ 18.500,00 para pesquisar, entre os populares, a avaliação do tema “redução da maioridade penal” em Marabá, Xinguara e Curionópolis “para subsidiar posicionamento de mandato parlamentar”.