Em um final de semana onde pelo menos três mulheres de Marabá foram mais uma vez alvo da violência praticada pelos companheiros, teve até homem que se escondeu embaixo da cama quando a Polícia Militar interviu na prática criminosa.
Silvestre Carvalho dos Santos foi preso na noite de sábado (28), por volta das 21h10, após uma guarnição da PM que estava nas proximidades do Hospital Municipal de Marabá (HMM) ter sido procurada por uma mulher relatando que a mãe estava sendo vítima de violência doméstica.
Os policiais foram ao endereço e lá encontraram a mulher, sendo que esta informou ter sido agredida e ameaçada pelo homem. Já Silvestre foi encontrado escondido embaixo da cama. A vítima acrescentou que o homem também havia lesionado o filho com uma faca quando este tentou proteger a mãe das agressões. O ferido precisou ser encaminhado ao hospital para realizar curativo.
Leia mais:Não havia, até o final da tarde desta segunda-feira (30), decisão judicial publicada que determinasse a soltura ou a continuidade da prisão do homem.
Na mesma noite, mas no Bairro Bom Planalto, foi preso Almir Rogerio Fernandes de Aguiar, após a PM ser acionada volta das 23h10 para atender uma ocorrência na Travessa Coronel Manoel Bandeira. A esposa dele relatou ter sido empurrada após discussão entre os dois. Conforme ela, além do empurrão, o homem ainda a xingou. Ela não possuía lesão aparente, mas afirmou ter sido agredida outras vezes por Almir.
O juiz plantonista, Aidison Campos Sousa, homologou a prisão em flagrante e levou em consideração, também, que com uma foice o acusado teria ameaçado o irmão da vítima. Almir negou ter agredido a companheira, mas confessou ter se armado com a foice, alegando querer se proteger do cunhado que supostamente queria lhe agredir.
O magistrado arbitrou fiança no valor de um salário mínimo para que ele possa responder ao crime em liberdade. Também concedeu medias protetivas em favor da vítima, ordenando que Almir se afaste do lar, não se aproxime da vítima a menos de 150 metros, não frequente festas e bares e recolha-se após 22 horas.
Na sexta (27), um dia antes, foi peso Raimundo Correa Pinheiro, após a PM receber informação por volta das 21h50 que na Travessa Flamengo, no Bairro Francolândia, Núcleo São Félix, um homem estava agredindo a companheira. Os militares conseguiram localizar a vítima e, segundo ela, Raimundo havia a agredido e ela correu para a rua quando ele disse que pegaria uma faca. O homem foi encontrado em um bar nas proximidades, com uma faca na cintura.
O juiz plantonista não apenas homologou a prisão em flagrante como a converteu em preventiva, sem arbitrar fiança. Segundo a decisão judicial, a mulher foi agredida porque se recusou a fazer o jantar. Ele negou ter agredido fisicamente a companheira, mas confessou que se armou de uma faca dizendo que iria matá-la.
“(…) este declarou em seu depoimento que já foi preso por roubo. Logo, não se mostra razoável no presente caso a conversão da prisão preventiva em medidas cautelares diversas, eis que tal medida poderá incutir na sociedade sentimento de impunidade. Além disso, a violência doméstica vem aumentando consideravelmente, merecendo maior reprimenda, inclusive o flagranteado estava com a arma do crime na cintura quando foi preso (faca), somente não consumou seu intento porque a vítima se escondeu em outra residência vizinha”, entendeu o juiz. (Luciana Marschall)