“As doenças cardiovasculares matam 10 vezes mais que o câncer de mama”, alerta a cardiologista Larissa Sousa, que atua em Parauapebas. A cada dez vítimas fatais no Brasil quatro são mulheres, sendo que há 50 anos esse número não chegava a 10%, liderando as causas de mortalidade feminina, na frente do câncer de mama, útero e ovário.
A cardiologista Larissa Sousa, durante participação do quadro Momento Saúde, da TV Correio Parauapebas (SBT), comandado pelo apresentador Alex Tavares, detalhou que a luta pelo espaço no mercado de trabalho “trouxe consequências, vantagens, mas acumulou-se um excesso de trabalho. Com isso, um cenário com as doenças cardiovasculares atingindo mais que o câncer de mama, onde o estresse e a ansiedade contribuíram para isso”, diz.
A especialista destaca os sintomas, que diferentes dos apresentados nos homens. “Os sintomas do infarto em uma mulher podem vir como dor na mandíbula, dor no ombro, falta de ar, não a dor típica como acontece nos homens”.
Leia mais:A médica conta que diferente das doenças ginecológicas, descobertas porque a maioria das mulheres faz o check up anual, a busca pelo cardiologista é tardia, uma vez que as pacientes demoram associar os sintomas a alguma doença cardiovascular, contribuindo desta maneira para a mortalidade feminina, além das mulheres terem artérias mais finas.
“Se você tem histórico na família, a partir dos 30 anos é prudente que faça uma consulta ao cardiologista. Se você está obesa, se você fuma e ainda usa anticoncepcional, com 35 anos, a gente recomenta procurar uma especialista e orientamos a abandonar o tabaco”, descreve Larissa.
Já a visita periódica deve ser feita partir dos 40 anos. “É importante ressaltar que nossos hormônios nos protegem, por isso que a doença cardiovascular no passado era muito dos homens. Nós tínhamos mais risco de infarto e AVC quando nosso estrógeno caía na menopausa. Lembrando que às mulheres que têm a menopausa precoce que este é considerado um fator de risco, sendo preciso procurar um cardiologista”, pontua a especialista.
Confira os fatores de risco:
- Histórico familiar;
- Alimentação inadequada;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Menopausa.
(Theíza Cristhine)