O soldado Wanderson Menezes Ferreira, da Polícia Militar do Estado do Pará, preso em junho do ano passado, vai continuar recolhido no Centro de Recuperação Regional Coronel Anastácio das Neves (CRCAN), na Região Metropolitana de Belém, após os desembargadores da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará terem negado a liberdade provisória nesta segunda (2).
O policial responde, entre outros crimes, por associação criminosa, extorsão, sequestro e tortura. Segundo o processo, ele participou de uma ação na qual duas pessoas foram sequestradas no Bairro Cidade Nova, em Parauapebas, a fim de extorquir dinheiro das vítimas.
Além de terem ficado com R$ 3 mil de uma delas, diz a acusação, os responsáveis pelo crime ainda teriam exigido o comprometimento do pagamento posterior de mais R$ 5 mil para que as vítimas fossem liberadas.
Leia mais:Conforme a relatora do Habeas Corpus, desembargadora Vânia Silveira, o juiz do primeiro grau fundamentou de forma correta o decreto de prisão, destacando a necessidade de manter a ordem pública. Além disso, afirmou ainda que há indícios de autoria e materialidade nos autos.
A defesa do soldado alegou excesso de prazo para a conclusão da instrução, o que foi rechaçado pela relatora que apurou que processo tramita dentro da normalidade. O voto foi acompanhado à unanimidade.
Wanderson foi preso em companhia de outros dois cabos da Polícia Militar após ser reconhecido pelas vítimas dentro da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Os jovens que alegam terem sido raptados estavam prestando depoimento quando o militar entrou na unidade e foi apontado como um dos envolvidos. (Luciana Marschall)