Sabe aqueles filmes policiais que o sujeito leva um tiro e consegue se medicar sozinho, tirar a bala e suturar o ferimento? Pois é, é só em filme mesmo. Na vida real é bem diferente. Quando o sujeito é baleado o, negócio é pedir socorro médico. Foi o que aconteceu esta semana com Nelison Maia Pena. Ele é suspeito de tentar assaltar uma pessoa, junto com um comparsa, mas deu tudo errado. Alguém apareceu na hora do assalto e mandou bala. Nelison foi baleado e acabou preso. O comparsa dele, Warno Farias Miranda, também foi preso.
Conforme o relato dos policiais militares que prenderam a dupla, o caso aconteceu na Avenida Boa Esperança, Bairro das Laranjeiras, Núcleo Cidade Nova, onde os militares que estavam em ronda ouviram vários disparos de arma de fogo. Ao chegar ao local, encontraram a vítima. O rapaz contou que dois indivíduos, com a mão por baixo da camisa (simulando estarem armados), o abordaram e roubaram sua carteira contendo os documentos pessoais.
Ainda de acordo com a vítima, no momento do assalto apareceu no local um carro preto, de onde o condutor desceu e começou a atirar na direção dos assaltantes, atingindo um dos acusados no abdômen, graças à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que já tinha sido acionada pelos parentes do acusado para prestar socorro a ele.
Leia mais:Foi assim que Nelison foi preso e, antes de ir ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), ele revelou onde estava escondido seu comparsa, Warno Miranda, que estava em casa. Inclusive, em poder de Warno a polícia encontrou a carteira com os documentos pessoais da vítima. Logo em seguida, Nelison foi encaminhado ao Hospital Municipal para receber atendimento médico e depois foi levado para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, para autuação em flagrante por roubo.
SAIBA MAIS
A respeito do misterioso atirador, o delegado Vinícius Cardoso, da Polícia Civil, explicou que nesse tipo de situação o atirador pode alegar legítima defesa de terceiro, pois ele percebeu que a vítima estava sendo assaltada por elementos que faziam menção de estar armados. Mas, por outro lado, o delegado observa que o correto nesse tipo de situação é que a pessoa que atirou tivesse prestado os primeiros socorros para o baleado e também deveria se apresentar na delegacia, coisa que não foi feita pelo “herói” misterioso.
(Chagas Filho)