A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) realiza nesta quarta-feira (19) um Dia de Campo no Projeto de Assentamento (PA) Lajedo 2. O objetivo do evento é mostrar os resultados dos primeiros 10 meses do projeto Mandiotec, que visa melhorar a produtividade das plantações de mandioca (macaxeira) no Pará.
Para falar sobre o assunto estiveram na Redação do Correio os engenheiros agrônomos Moisés Modesto (analista) e Raimundo Brabo (pesquisador), além do economista Cícero Herênio. Eles explicaram que, além de melhorar a produção da mandioca na região sudeste do Pará, o Mandiotec visa também reduzir o número de queimadas, porque as técnicas empregadas no programa visam a utilização do solo sem o uso nocivo das queimadas.
Durante o dia de campo que acontece hoje serão mostradas as tecnologias empregadas pelo Mandiotec no Lajedo 2 que visam melhorar a produção de mandioca, passando de 15 toneladas por hectare para 20 toneladas, sem correção de solo, ou até mesmo 40 toneladas com uso de adubos e fertilizantes.
Leia mais:Com o uso das tecnologias do Mandiotec o produtor de macaxeira poderá ter um lucro de até R$ 4 mil por hectare. Uma dessas tecnologias é o Trio da Produtividade, que consiste na seleção de manivas, plantio no alinhamento de 1m x 1m; e fazer controle do mato com capinas manuais durante os primeiros 150 dias após o plantio da mandioca, mantendo o roçado limpo nesse período.
Outra tecnologia é o Sistema Bragantino, que dispensa o uso do fogo no preparo de área para plantio e visa o cultivo contínuo na mesma área, com realização de até três cultivos por ano, em rotação e consórcio de mandioca com milho ou arroz, seguido de feijão-caupi.
O programa recebe recursos do BNDS e a Embrapa conta com parceiros como a Emater e Secretarias de Agricultura para a realização do programa, que tem duração de 40 meses e começou em abril do ano passado.
Participam do dia de campo colonos que produzem mandioca nos mais diversos municípios do sudeste paraense, além de representantes de prefeituras municipais, todos os extensionistas da Embrapa no Núcleo de Apoio à Pesquisa e Transferência de Tecnologia (NAPT) Marabá (que abrange uma área de 21 municípios) e demais representantes de entidades ligadas ao setor. Mais informações sobre o dia de campo no decorrer do dia. (Chagas Filho)