Os latidos frequentes de uma cadela vindos da casa de Reginaldo Lima de Sousa, de 41 anos, chamaram a atenção dos vizinhos em Canaã dos Carajás. “Parecia que o animal estava pedindo socorro” diz uma moradora que preferiu não se identificar.
Eles acharam estranho e resolveram ligar para a polícia. Quando os policiais civis chegaram, a residência estava fechada. “Nós batemos na porta, o proprietário respondeu, mas não quis abrir, então fomos obrigados a entrar.
Ao entrarmos nos deparamos com uma cena constrangedora. Reginaldo estava transando com a própria cachorra”, explica o investigador Roque Barbosa da Unidade Integrada de Polícia de Canaã dos Carajás.
Reginaldo quando viu o policial fugiu para o banheiro e a cachorra correu assustada. “Ele estava todo sujo de pêlo, mandei ele vestir a roupa e o conduzimos para a delegacia onde foi registrado um (TCO) Termo Circunstanciado de Ocorrência”, relata o investigador.
Como no Código Penal Brasileiro não existe uma tipificação criminal para esse tipo de delito, Reginaldo Lima de Sousa vai responder pelo crime de maus tratos contra animais com base na lei 9.605, artigo 29 de 1998. A pena é de 1 a 3 anos de prisão.
A Câmara Federal já estuda uma punição mais severa para este crime.
Segundo os moradores da Rua 23 de fevereiro, no Bairro Santa Vitória, antigo Motocross, os latidos de socorro da cadela eram muito frequentes. Eles contam que o homem é separado e tem dois filhos, que a ex-mulher não deixa visitá-lo por causa dos atos de zoofilia praticados pelo pai, diz a vizinhança.