O Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP) “Dr. Geraldo Veloso” divulgou o balanço de atendimentos realizados durante o ano de 2019. O diretor da Pró-Saúde, Valdemir Girato, esteve no Grupo Correio de Comunicação nesta quarta-feira (29) e repassou os números à reportagem do Portal Correio de Carajás. De acordo com o relatório divulgado durante a entrevista, foram realizados ao todo 226 mil atendimentos no ano passado. Foram 27.7779 procedimentos ambulatoriais em diversas especialidades; 2.526 cirurgias; 3.297 internações; 5.570 atendimentos de urgência e emergência e 187 mil exames.
A unidade, que está localizada em Marabá, recebe pacientes dos 22 municípios da região sudeste do Pará e, segundo o diretor Valdemir Girato, a maioria dos pacientes é composta por vítimas de acidentes de trânsito.
“Nós temos um total de 115 leitos e 60% são ocupados por vítimas do trânsito. E na maioria das vezes esses pacientes saem com sequelas, como por exemplo, amputações de membros. Um paciente desses geralmente fica entre 3 e 4 anos fazendo tratamento. Por isso, a conscientização das pessoas é muito importante, respeitar as leis de trânsito para evitar passar por um acidente porque a reabilitação não é nada fácil”, afirmou.
Leia mais:O hospital possui perfil cirúrgico e está na categoria de atendimentos em média e alta complexidades. Por isso, dos 115 leitos, 38 são de UTI (Unidade de Terapia Intensiva.
Questionado pela reportagem sobre a dificuldade de pacientes em conseguir transferência para um desses leitos, que é um problema frequente principalmente em Marabá, o diretor hospitalar explicou que é necessário cadastrar todos os dados do paciente no sistema da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde) e que cada caso é devidamente analisado, usando de protocolos clínicos internacionais.
“A regulação tem um médico 24 horas, que usa o protocolo clínico para fazer a transferência para o Hospital Regional. E existe a diferença entre urgência e emergência. No caso de urgência é possível esperar, já a emergência a internação tem que ser imediata”, explicou Valdemir, ressaltando que em média o tempo de internação na UTI é de 12 dias, mas que as vítimas de acidentes de trânsito passam até 30 dias ocupando leitos.
O diretor da unidade ressaltou que para ter acesso aos atendimentos em mais de 20 especialidades também é necessário estar cadastrado no sistema da Sespa. As especialidades médicas são ofertadas gratuitamente e são elas Cardiologia; Cirurgia Buco-maxilo-facial; Cirurgia Plástica Reparadora; Cirurgia Pediátrica; Cirurgia Geral; Cirurgia Vascular; Clínica Médica; Fisioterapia; Infectologia; Medicina Intensiva adulto, pediátrico e neonatal; Nutrição, Obstetrícia de Alto Risco; Oftalmologia; Otorrinolaringologia; Urologia; Neurocirurgia; Terapia Ocupacional; Traumato-ortopedia; Nefrologia e Anestesiologia.
CENTRO DE HEMODIÁLISE
Em novembro de 2019 foi inaugurado o Centro de Hemodiálise do Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso, com um total de 20 máquinas e capacidade para atender 120 pacientes. De acordo com o diretor da unidade, Valdemir Girato, oito pacientes já estão recebendo assistência médica e estão na fila de espera um total de 26, aguardando a triagem, que é feita através de exames.
Ainda de acordo com Valdemir, devem ser contratados 90 profissionais para trabalharem nos três turnos de atendimento do Centro de Hemodiálise, que funciona das 7h às 13h; das 13h às 19h e das 19h às 22h.
“É um procedimento feito no paciente muito complexo. Mas temos toda uma estrutura preparada para fazer esse atendimento e essas 20 máquinas representam um grande ganho para Marabá e região”, disse o diretor hospitalar.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, que é uma entidade filantrópica que administra hospitais há mais de 50 anos priorizando a promoção da humanização e sustentabilidade. Atualmente realiza a gestão de unidades de saúde em 23 cidades de 12 estados brasileiros. (Fabiane Barbosa)
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O hospital possui perfil cirúrgico e está na categoria de atendimentos em média e alta complexidades. Por isso, dos 115 leitos, 38 são de UTI (Unidade de Terapia Intensiva.