Estudantes de todo o país têm recorrido à Justiça para cobrar medidas em relação aos erros de correção do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) que prejudicaram cerca de seis mil concorrentes. No Pará, duas representações já foram abertas no Ministério Público Federal (MPF) para tratar do caso, uma na unidade do órgão em Marabá, na última terça-feira (21), e outra na unidade de Belém, nesta quarta (22).
Segundo a assessoria do MPF, a reclamação feita em Marabá trata da falta do fornecimento do espelho do gabarito, enquanto na capital o motivo foi “a falta de transparência sobre se todos os problemas informados por estudantes ao Ministério da Educação (MEC) foram ou não resolvidos”. Os estudantes entraram em contato com o órgão por meio das Salas de Atendimento ao Cidadão.
Os casos, ainda de acordo com o MPF, estão sendo encaminhados para sorteio sobre quais membros da instituição no Pará ficarão responsáveis pela análise das reclamações. “De qualquer forma, independentemente da quantidade de representações em cada estado, o MPF já está tomando medidas válidas para todo o país, e já solicitou ao MEC que as inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) sejam suspensas até que todas as falhas das notas do Enem sejam corrigidas”, concluiu a nota enviada à reportagem.
Leia mais:Até a manhã desta quarta-feira (22), o estado de Minas Gerais liderava o número de representações abertas no MPF para tratar da questão dos erros do Enem, com 97 queixas registradas, seguido de São Paulo, com 13 reclamações, e do Ceará, com seis. O Pará recebeu duas manifestações, enquanto Rio Grande do Sul e Espírito Santo receberam uma, cada um. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, os erros atingiram cerca de seis mil candidatos, e ficaram concentrados no estado de Minas Gerais. Contudo, mais de 172 mil queixas já foram encaminhadas ao MEC. (Fonte: MPF)