Uma morte cercada de mistério. Eram cinco horas da manhã, quando o corpo de Jhon Kellis Costa de Aquino, de 29 anos de idade, foi encontrado na rua Lima Barreto, bairro Vale Dourado, próximo ao ginásio Antônio Chorão, no centro de Canaã dos Carajás. Segundo a família do rapaz, ele saiu de Marabá em busca de emprego.
A vítima apresentava várias escoriações pelo corpo. Foi recolhida e levada sem vida em uma ambulância da Prefeitura de Canaã por funcionários da Secretaria Municipal de Saúde. No hospital do município, o médico de plantão confirmou morte por espancamento.
Só duas horas depois a polícia teve acesso ao caso, abriu inquérito e encaminhou o cadáver ao Instituto Médico Legal de Parauapebas, município vizinho, para necropsia. Em Canaã dos Carajás não há IML.
Leia mais:Funerárias da cidade fecharam parceria com o Instituto Médico Legal e se revezam no transporte dos corpos.
Na rua onde a vítima foi encontrada a resposta à pergunta é sempre a mesma: “ninguém sabe, ninguém viu”.
“Um dos maiores problemas enfrentados aqui pelos agentes da segurança pública é a descaracteriação de cena de crime. Essa é a segunda vez em quatro meses que funcionários do hospital municipal cometem esse tipo de infração. Isso prejudica o trabalho da polícia. Nós vamos identificar e intimar esses servidores”, avisou o investigador Roque Barbosa.
A equipe do Portal Correio de Carajás procurou a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Canaã, a qual informou que a direção do hospital disse desconhecer o fato, que deverá apurar e enviar nota à Imprensa posteriormente. (Nyelsen Martins)