A assessoria de comunicação da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá, anunciou hoje, quarta-feira (19), a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a morte do sargento Daniel Dedablio Poczwardowski, de 29 anos, durante treinamento no 52º Batalhão de Infantaria de Selva, também na cidade. Outros quatro militares se sentiram mal e foram hospitalizados no mesmo dia.
O conteúdo do inquérito não foi divulgado à imprensa e será encaminhado à 8ª Circunscrição da Justiça Militar. Por telefone, a assessoria de comunicação informou que um oficial deverá atender as equipes do Grupo de Comunicação Correio amanhã, quinta-feira (20), para tratar do assunto.
Acrescentou, ainda, que estava prevista para hoje a entrega do relatório para a família do sargento, mas atendendo a pedido da própria família do sargento, o general Eugênio Pacelli Vieira Mota, comandante da Brigada, adiou para amanhã a entrega do relatório. Ainda segundo o oficial, durante o período de apuração e conclusão do IPM, o Exército é obrigado a manter as investigações em sigilo, mas ao ser concluído é de interesse da instituição divulgar o caso para a Imprensa.
Leia mais:O advogado da família, Odilon Vieira, comentou a nota da brigada, na qual o EB afirmou que a família havia sido informada acerca da conclusão, mas não havia comparecido até o início desta tarde na sede da Brigada. Ele diz ter sido encaminhado pelo EB na última segunda-feira (17) um ofício o convidando junto da viúva, Irla Oliveira, ao Gabinete do Comandante para receber esclarecimentos sobre a solução do IPM.
Como Irla estava em Altamira, acrescentou, imediatamente ela avisada pelo advogado acerca do ofício e solicitou que fosse requerido ao Comando da Brigada o adiamento para amanhã, quinta (20). Na tarde de ontem, terça-feira (18), o advogado recebeu novo ofício reiterando o convite, com a informação de que ainda não seria fornecida na data agendada a cópia do IPM.
“A sra. Irla, diante da informação reiterando o convite para dia 19, às 14 horas, se deslocou na madrugada de hoje, de automóvel, para a cidade de Marabá e chegou a tempo. Este advogado, a doutora Sâmara Sá (advogada) e a senhora Irla, todos, se fizeram presentes às 14 horas desta data no Comando da Brigada. Por fim, já no Comando da Brigada fomos informados que ficou remarcado para dia 20 de julho, às 10 horas”, afirmou o advogado.
A defesa segue sem ter acesso ao conteúdo do inquérito que investiga o caso. No último dia 10, Irla Oliveira recebeu o resultado do laudo cadavérico que apontou a causa da morte como indeterminada, o que causou muita revolta nos familiares e em amigos e conhecidos do sargento, que morreu no dia 15 de maio deste ano durante o Estágio de Caçador Militar.
O 2º sargento Sidney Ribeiro Costa, que também passou mal, foi socorrido e acabou transferido para a UTI do Hospital Geral de Belém, do Exército Brasileiro, na madrugada seguinte. Além dos dois, tiveram que receber socorro médico o 3º Sargento Paulo de Freitas, o 3º Sargento Rafael Camargo Ochi e o 3º Sargento Octávio Duarte Rocha, todos participando da mesma atividade.
Apesar de não constatar a causa da morte, o laudo cadavérico apontou um elemento novo e importante para a família, apontando que o militar apresentava queimaduras de 2º e 3º graus em 40% da perna direita. Além disso, as declarações do Exército Brasileiro feitas à época para a Imprensa, afirmando que o sargento recebeu primeiros socorros no local e que teria sido levado com vida para o Hospital Militar foram refutadas pelo boletim de atendimento do hospital, que confirmou o estado de rigidez cadavérica assim que o militar entrou na casa de saúde. A defesa decidiu que irá representar ao Ministério Público Federal para que sejam investigadas as queimaduras encontradas no corpo de Daniel e para que se apure se houve tortura. (Luciana Marschall e Chagas Filho)
A assessoria de comunicação da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá, anunciou hoje, quarta-feira (19), a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura a morte do sargento Daniel Dedablio Poczwardowski, de 29 anos, durante treinamento no 52º Batalhão de Infantaria de Selva, também na cidade. Outros quatro militares se sentiram mal e foram hospitalizados no mesmo dia.
O conteúdo do inquérito não foi divulgado à imprensa e será encaminhado à 8ª Circunscrição da Justiça Militar. Por telefone, a assessoria de comunicação informou que um oficial deverá atender as equipes do Grupo de Comunicação Correio amanhã, quinta-feira (20), para tratar do assunto.
Acrescentou, ainda, que estava prevista para hoje a entrega do relatório para a família do sargento, mas atendendo a pedido da própria família do sargento, o general Eugênio Pacelli Vieira Mota, comandante da Brigada, adiou para amanhã a entrega do relatório. Ainda segundo o oficial, durante o período de apuração e conclusão do IPM, o Exército é obrigado a manter as investigações em sigilo, mas ao ser concluído é de interesse da instituição divulgar o caso para a Imprensa.
O advogado da família, Odilon Vieira, comentou a nota da brigada, na qual o EB afirmou que a família havia sido informada acerca da conclusão, mas não havia comparecido até o início desta tarde na sede da Brigada. Ele diz ter sido encaminhado pelo EB na última segunda-feira (17) um ofício o convidando junto da viúva, Irla Oliveira, ao Gabinete do Comandante para receber esclarecimentos sobre a solução do IPM.
Como Irla estava em Altamira, acrescentou, imediatamente ela avisada pelo advogado acerca do ofício e solicitou que fosse requerido ao Comando da Brigada o adiamento para amanhã, quinta (20). Na tarde de ontem, terça-feira (18), o advogado recebeu novo ofício reiterando o convite, com a informação de que ainda não seria fornecida na data agendada a cópia do IPM.
“A sra. Irla, diante da informação reiterando o convite para dia 19, às 14 horas, se deslocou na madrugada de hoje, de automóvel, para a cidade de Marabá e chegou a tempo. Este advogado, a doutora Sâmara Sá (advogada) e a senhora Irla, todos, se fizeram presentes às 14 horas desta data no Comando da Brigada. Por fim, já no Comando da Brigada fomos informados que ficou remarcado para dia 20 de julho, às 10 horas”, afirmou o advogado.
A defesa segue sem ter acesso ao conteúdo do inquérito que investiga o caso. No último dia 10, Irla Oliveira recebeu o resultado do laudo cadavérico que apontou a causa da morte como indeterminada, o que causou muita revolta nos familiares e em amigos e conhecidos do sargento, que morreu no dia 15 de maio deste ano durante o Estágio de Caçador Militar.
O 2º sargento Sidney Ribeiro Costa, que também passou mal, foi socorrido e acabou transferido para a UTI do Hospital Geral de Belém, do Exército Brasileiro, na madrugada seguinte. Além dos dois, tiveram que receber socorro médico o 3º Sargento Paulo de Freitas, o 3º Sargento Rafael Camargo Ochi e o 3º Sargento Octávio Duarte Rocha, todos participando da mesma atividade.
Apesar de não constatar a causa da morte, o laudo cadavérico apontou um elemento novo e importante para a família, apontando que o militar apresentava queimaduras de 2º e 3º graus em 40% da perna direita. Além disso, as declarações do Exército Brasileiro feitas à época para a Imprensa, afirmando que o sargento recebeu primeiros socorros no local e que teria sido levado com vida para o Hospital Militar foram refutadas pelo boletim de atendimento do hospital, que confirmou o estado de rigidez cadavérica assim que o militar entrou na casa de saúde. A defesa decidiu que irá representar ao Ministério Público Federal para que sejam investigadas as queimaduras encontradas no corpo de Daniel e para que se apure se houve tortura. (Luciana Marschall e Chagas Filho)