Sob intervenção desde o último domingo (5), o Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA), em Marabá, está sendo vistoriado minuciosamente para garantir a segurança da maior penitenciária da região. Durante a revista, já foi possível identificar que havia muita coisa nas celas que não deveria estar lá, como dois PlayStations (videogame com vários jogos).
Mas não apenas isso. Havia também nas celas R$ 6 mil em dinheiro, 110 celulares, 45 carregadores, 33 televisões, 46 pendrives, 60 chips de operadora, nove cartões de memória, 63 relógios, dois tabletes de maconha e 21 trouxas, 16 caixas de som, 12 baterias de celular, um cachimbo, 16 pacotes de tabaco, 17 máquinas de cortar cabelo e 35 extensões elétricas. As informações foram passadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).
Durante todo o período de intervenção, que será de 60 dias, várias atividades serão realizadas no CRAMA, sendo necessária a manutenção da ordem, o que implica em suspensa das visitas por esses dois meses.
Leia mais:A intervenção no CRAMA está sendo conduzida SEAP, por meio do Comando de Operações Penitenciárias (COPE) e da Diretoria de Administração Penitenciária (DAP). Segundo a SEAP, de início foram retirados todos os objetos em excesso das celas, como ventiladores, roupas, entre outros pertences, dos 627 detentos.
Após isso, é realizada a limpeza e higienização da casa penal, além de oferecer banho, corte de cabelo e de barba para conscientizar os presos quanto a importância da higiene pessoal, caracterizando a padronização do cárcere, diz a SEAP, por meio da Agência Pará.
Inclusive, falando em saúde dos presos, uma das medidas principais tomadas pela equipe de intervenção foi a separação dos presos por doença acometida e regime para receberam as assistências específicas. Ainda esta semana, já dentro de um ambiente mais higienizado, eles receberão novos uniformes e kits de higiene. (Chagas Filho/Com informações da Agência Pará)