Continua a rebelião de presos no pátio principal do Centro de Regional Agrícola Mariano Antunes (Crama), complexo prisional de Marabá. A confusão é o resultado de uma tentativa de fuga frustrada por volta das 7 horas da manhã deste sábado (4). Na ocasião, a cadeia sofreu ataque de um grupo fortemente armado que tentava resgatar presos perigosos. A guarnição do Crama reagiu e houve troca de tiros, até que os bandidos do lado de fora recuaram, fugindo pela mata. Nenhum deles foi preso.
As equipes do Portal Correio de Carajás, Correio FM e TV Correio permanecem no local, acompanhando as tratativas para a libertação dos agentes prisionais feitos reféns. As autoridades dizem ser apenas dois agentes e não três, como anteriormente divulgado.
Leia mais:De acordo com tenente PM Rodrigues, a polícia foi acionada por volta das 7h20 da manhã e imediatamente deu apoio à guarnição do Crama. Ele acredita que os bandidos que atacaram a prisão estavam com armas longas e de grosso calibre, como fuzis. Tão logo esse grupo se evadiu, a PM se concentrou em controlar a situação dentro do presídio.
O major PM Edson, comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar (BPM), disse ao Correio que existe um plano de contenção, que é colocado em prática para fazer frente a esse tipo de ocorrência e que tem apoio do Cime e do 4º BPM, ocupando os pontos de rota de fuga no entorno do Crama.
Ele explica, que um grupo de 30 presos se refugiou dentro da macenaria do complexo e outro grupo tomou os agentes como reféns no pavilhão principal, e faz algumas exigências, as quais a PM não divulgou. Sabe-se que um juiz de Direito está se deslocando para o local, para participar das negociações.
Vários vídeos e áudios circulam nas redes sociais atribuídos aos detentos, em que eles reclamam da falta de visitas e outras privações, o que não foi confirmado pelo Sistema Prisional. Veja abaixo um desses vídeos. (Da Redação / Reportagem e fotos: Evangelista Rocha)