Muita gente decidiu ficar em casa mesmo para comemorar a virada de ano, para ter no aconchego do lar um momento de sossego, longe da folia. Mas a violência estava lá mesmo, dentro de casa. Nada menos de três ocorrências de violência doméstica foram registradas em Marabá no primeiro dia do ano.
O primeiro caso se deu na Folha 14 (Nova Marabá), onde policiais militares foram acionados pelo Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190), onde uma cena lamentável se registrou: Francimar Alves de Almeida e Iara de Souza de Almeida tinham ido às vias de fato. Isso aconteceu às 16h.
Segundo relato da PM, ela estava com lesões no braço e ele com a cabeça ensanguentada. Toda a tragédia familiar teve como plateia os filhos do casal, de 15 e 10 anos de idade, que viram os pais serem levados em uma viatura policial, até o Hospital Municipal e depois à delegacia.
Leia mais:Uma hora e meia mais tarde, no bairro Bom Planalto, do outro lado da cidade, policiais que patrulhavam as ruas se depararam com uma mulher andando pela rua e pedindo ajuda. Kesia Wanda Lemos contou aos policiais que foi agredida pelo companheiro, Deildo Satilo da Rocha, que danificou vários móveis da casa. Chegando à casa, na Rua Cecília Meireles, o acusado estava visivelmente embriagado e confessou ter quebrado os móveis, mas negou ter agredido a vítima. Mesmo assim, foi levado à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil.
No início da noite, na Nova Marabá (Folha 10), outra mulher era agredida pelo companheiro. O caso foi denunciado via NIOP. Quando os PMs chegaram à casa encontraram os vizinhos na porta da casa e no interior estava a vítima, Taiane Silva Martins, sentada na cama, enquanto o acusado Joanderson Souza Cruz estava em pé ao lado dela.
Para a polícia, Taiane disse que estava na porta de casa, quando Joanderson chegou de moto e jogou o veículo em cima dela, depois a agarrou pelo pescoço e começou a sufoca-la, xingando-a e dizendo que iria matá-la. Para a polícia o acusado pediu para não “proceder”. Ou seja, para que os policiais não fizessem o procedimento padrão, que conduzir o acusado até a delegacia. Mas não teve jeito: ele foi preso. (Chagas Filho)