Alunos da Associação Ramos Parauapebense de Karatê trocaram de faixa neste final de semana. O evento ocorreu no sábado (14), no Bairro Primavera, quando foram trocadas 44 faixas.
Deste total, 16 alunos trocaram a faixa branca pela amarela, seguidos por 13 que mudaram da faixa amarela para a vermelha, nove que passaram da vermelha pela laranja e três que foram da faixa laranja para a verde. Dois outros atletas foram da faixa verde para a roxa e, por fim, um da faixa roxa para a marrom.
O professor de karatê Sebastião Ramos, mais conhecido como professor Ramos, conta que todo final de ano é realizado um exame geral de faixas em todas as categorias, da branca a marrom. “Os alunos fizeram o exame de faixa escrita e a parte prática”, explicou.
Leia mais:Ramos comemora a importância do evento que a cada ano ganha mais adeptos e destaca que o esporte muda a vida das crianças. “É de uma grande importância para as crianças, o karatê ensina as crianças a quebrar as barreiras desde pequenos. Quando uma criança é treinada a formação de faixa é a formação de caráter, vai subindo, desenvolvendo”, destaca o professor.
O professor Ramos dedica-se a projetos sociais há 30 anos. “Começou com karatê, hoje nosso projeto tem outras atividades como o balé, capoeira, linguagem de libras, aulas de violão, atendimento com psicólogas. Temos uma rede abrangendo a criança e o adolescente”, comemora Ramos, ao citar que crianças a partir dos 4 anos pode se candidatar a participar de um dos segmentos dos projetos, que recebe apoio através de parcerias com a Prefeitura.
De aluno a professor, essa é a trajetória de José Gleik, que aos 11 anos entrou na Associação como aluno. Hoje, aos 40 anos, segue o legado de Sebastião Ramos e há oito anos dedica-se a ensinar a arte marcial a iniciantes. “Sou o segundo dan faixa preta de Karatê, o local no início era bem diferente e aos poucos foi evoluindo bastante, estou carregando o legado do meu professor. Comecei a buscar o karatê por curiosidade e fui me identificando com a arte, sobre a disciplina e o respeito mútuo”, diz.
De acordo com ele, é um legado que o atleta carrega. “Para mim, é uma satisfação muito grande passar o que aprendi, aprendi coisas boas”, garante Gleik, que é contra a violência e afirma que muitas pessoas pensam errado sobre a luta. “A gente tenta buscar o equilíbrio mental, emocional, é isso que a gente tenta passar para os alunos. A gente não precisa ser bom de soco ou de chute e sim ter a disciplina, o respeito”, defende.
Um dos aprendizes da arte marcial é Marcos Vinicius Pereira que aos 12 anos já ostenta a faixa roxa e sonha em ser lutador de UFC. “Aprendi no karatê a ter respeito, disciplina, a ter bom comportamento, educação, tudo isso”.
O esporte também tem espaço para as mulheres. Maria Clara Reis de 9 anos é um exemplo disso, a menina que já tem faixa vermelha deseja ser policial quando crescer. “O karatê significa muito para mim, porque é muito legal e dá para gente lutar”.
O repórter Ronaldo Modesto, colaborador do Correio de Carajás, fez bonito no retorno ao esporte. No exame prático de faixas trocou a branca pela amarela. (Theíza Cristhine)