Os acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos últimos dez anos, e representaram um custo de cerca de R$ 2,9 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). As informações estão no levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com base em dados do Ministério da Saúde. Em Altamira (PA), os números também são significativos. De acordo com levantamento do Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), 78% dos atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito realizado pela Unidade são protagonizados por motociclistas.
No HRPT, unidade gerenciada pela Pró-Saúde, referência em atendimentos de média e alta complexidades para nove municípios da Região do Xingu, as vítimas de acidente de trânsito, na faixa etária de 20 a 39, anos correspondem a 62% dos casos, e, desse número, foi identificado que 86% são do sexo masculino.
As informações estatísticas do Hospital Regional fazem parte do programa “Direção Viva”, projeto que tem por objetivo educar, prevenir, conscientizar e sensibilizar a população em geral. O objetivo é alertar sobre os riscos na condução de motos, além de reduzir o número de acidentes com vítimas.
Leia mais:De janeiro a outubro deste ano, os acidentes de trânsito foram a causa da admissão de 352 pacientes no Hospital Regional, enquanto que, no mesmo período de 2018, 372 pacientes com esse perfil deram entrada no Acolhimento da Unidade. No ano passado, a unidade atendeu 5.218 pacientes e, desse total, 444 foram vítimas de trânsito, o equivalente a 8,5% dos usuários admitidos na Unidade.
De acordo com Edson Primo, diretor Hospitalar, o trabalho da Unidade não pode ser somente no tratamento de vítimas de acidentes de trânsito, vai além. Segundo ele, é preciso conscientizar a população e atuar em órgãos e instituições onde esse empenho pode ser realizado. “Nós trabalhamos com palestras e sensibilização em escolas e demais órgãos, para tentarmos evitar ou diminuir os acidentes em Altamira e região. Desta forma, além do atendimento às vítimas, também contribuímos para a prevenção e conscientização da população”, explica. (Divulgação)