Daniel Batista Lobo foi absolvido nesta sexta-feira (1º) pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Marabá da acusação de tentativa de homicídio contra Hildivan Rocha Viana, ocorrida no dia 6 de Maio do ano passado.
Conforme a denúncia, o crime aconteceu na Rua Maranhão, Vila Brejo do Meio, quando a vítima foi surpreendida pelo acusado que, sem motivo aparente, teria desferido golpes de faca e sido detido em seguida por pessoas que estavam nas proximidades e acionaram a Polícia Militar.
No decorrer do processo, Hildivan afirmou que estava em um bar bebendo cerveja com um amigo quando Daniel se aproximou, se entrosou e a vítima começou a pagar cerveja para o acusado. Disse que estava com aproximadamente R$ 700 no bolso e que a carteira caiu no chão, momento em que acusa Daniel de ter tentado pegar dinheiro, o que causou desentendimento entre eles.
Leia mais:Declarou ainda ter pagado mais uma cerveja para Daniel, mas novamente discutiram e ele foi atingido por golpes de faca na região do abdômen, estando de costas no momento do primeiro golpe. Nos demais golpes, diz, já estava rolando no chão com o acusado. Hildivan diz ter ficado oito dias internado com um pulmão perfurado e que a faca ficou cravada em seu corpo após o cabo se soltar.
Raphaell Braz, responsável pela defesa de Daniel, alegou legítima defesa do cliente, tese que foi aceita pelo Júri. No interrogatório prestado ao Poder Judiciário, Daniel diz ter atingido a vítima após ter recebido tapas no rosto e sofrido agressões físicas. Alegou que não estava com uma faca e que o objeto foi jogado perto dele enquanto era agredido.
O motivo da confusão, declarou foi ele estar com R$ 300 no bolso e começar a ser provocado pela vítima porque não queria mais pagar bebida para a pessoa. “Houve briga, a vítima teria agredido o réu e na hora que o réu caiu o rapaz foi para cima, sentou em cima e começou a agredir, então ele pegou uma faca e efetuou as facadas”, informou o advogado ao Jornal Correio.
Daniel estava preso desde a ocorrência, recolhido no Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM), e recebeu Alvará de Soltura logo após ser lida a Sentença que o absolveu. O Ministério Público não irá recorrer da decisão. O Tribunal do Júri foi presidido pelo magistrado Alexandre Arakaki. (Luciana Marschall)