MPF promove audiência pública sobre o caso Hydro

Uma nova audiência pública sobre o caso Hydro será promovida no dia 27 de novembro, às 8h30, na Assembleia de Deus na Vila dos Cabanos, para a realização de prestação de contas à comunidades de Barcarena. O evento é aberto ao público e será promovido pela força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) e Promotoria de Justiça de Barcarena.

O caso Hydro aconteceu em 2018, após comunidades de Barcarena denunciarem extravasamento de resíduos provenientes da empresa Hydro Alunorte, produtora de alumina, no rio Pará. A força-tarefa investiga o caso e atua para que a empresa reduza impactos socioambientais e tome providências para prevenir a ocorrência de outras irregularidades.

A prestação sobre a distribuição dos cupons-alimentação, auditorias e atualização do Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC), estava prevista no acordo firmado em 2018 pela empresa com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

Entenda o caso

Nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2018, resíduos de bauxita contaminada vazaram da Hydro Alunorte para o meio ambiente após fortes chuvas em Barcarena. Após uma vistoria com a presença da procuradoria do Ministério Público, foi identificado uma tubulação clandestina que saída da refinaria e despejava rejeitos que contaminaram o solo da floresta e rios das localidades próximas. Ainda foram encontradas outras duas tubulações ilegais que tinham a mesma finalidade.

A empresa recebeu sanções da Justiça que determinou a redução de sua produção em 50% até que sejam resolvidos os problemas das comunidades atingidas pela contaminação e sejam resolvidos os problemas para a captação dos rejeitos das bacias durante as fortes chuvas que caem regularmente na região, além de ter condenado a empresa a pagar R$ 150 milhões por danos ambientes.

O Instituto Evandro Chagas realizou coletas de solo e água nas comunidades que ficam ao redor da Hydro e após análise em laboratório foi constatado alteração nos elementos químicos presentes no solo, além da presença de metais pesados e cancerígenos como chumbo. A Hydro encomendou um estudo que refutou as análises do IEC e negou que houve contaminação.

(Fonte:G1)