Ao que parece, o delegado William Crispim, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, terá dificuldades para desvendar o assassinato do jovem Rikadson Silva e Silva, de 19 anos. Ele foi executado a tiros na noite de 24 de outubro, em uma rua da Folha 10 (Nova Marabá), perto de casa. A dificuldade reside no fato de que o perfil da vítima é diferente da maioria, pois o rapaz não tinha passagens pela polícia, tampouco há informações de desavenças ou envolvimento com drogas.
No local do crime, cabo Olival, da Polícia Militar, primeira autoridade policial a ser acionada sobre o crime, conversou com a reportagem. Ele colheu as primeiras informações com os parentes do morto, os quais disseram que Rikadson era de boa índole, trabalhava em uma oficina de refrigeração e estudava à noite na Escola José Cursino de Azevedo, lá mesmo na Folha 10. Inclusive, o jovem ia para a escola quando foi abordado e morto pelos criminosos. Os bandidos estavam em uma moto Bros de cor vermelha.
Na cena do assassinato, diversos amigos da vítima pranteavam a morte dele. Entre os amigos estava Wemerson Thiago Nunes, que estudava com Rikadson desde a quinta série. Ele também disse que a vítima era uma pessoa tranquila, nunca foi envolvida em nada de errado. “Ele era muito gente boa, não tinha maldade de nada”, resume.
Leia mais:Outro amigo, Leonardo Barbosa, também estava chorando bastante e sem querer acreditar no que estava acontecendo. “A gente chamava ele pra beber, ele ficava ‘lerdando’, preferia ficar em casa no celular”, relembra, ao acrescentar que estava sendo “muito difícil” passar por aquele momento.
O comerciário Wesley Silva e Silva, irmão da vítima, diz que não faz a menor ideia do que pode ter acontecido, pois seu irmão nunca foi envolvido em nada de errado. Por outro lado, a mãe de Rikadson Silva, Agma Bezerra da Silva, diz que o filho saiu de casa atrasado para a escola, às 19h35, e cinco minutos depois ela já recebeu a informação de que o filho havia sido assassinado.
Ontem pela manhã, o a reportagem do CORREIO tentou contato com o delegado William Crispim, na tentativa de colher informações sobre o homicídio, mas ele estava em diligências. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)