Na manhã desta quinta-feira (24) a Polícia Federal deflagrou duas operações de combate a grupos criminosos que falsificavam documentos e com estes promoviam fraudes contra a Caixa Econômica Federal. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Pará.
A primeira operação denominada Falsimônia, em alusão ao esquema ilícito para obter ganhos pessoais, visa desarticular uma associação criminosa especializada em falsificação de documentos e em fraudar o Programa Bolsa Família. A investigação teve início em março deste ano, quando uma investigada tentou cadastrar senha e sacar benefício sem a presença dos beneficiários.
Com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar a participação de funcionários de agências lotérica e da Caixa Econômica Federal no esquema criminoso. Além disso, há suspeita de participação de uma funcionária da Prefeitura de Santarém Novo, que realizava o cadastro irregular de beneficiários.
Leia mais:Ainda de acordo com a PF, há a suspeita de que funcionários de outras prefeituras também tenham participação no esquema, por isso, essas pessoas ainda estão sendo investigadas. Além da fraude no programa de Bolsa Família, há a suspeita ainda de saques fraudulentos de benefícios previdenciários. O prejuízo aos cofres públicos ainda está sob apuração.
OPERAÇÃO SAFIRA
Deflagrada simultaneamente, a Operação Safira, nomeada desta forma em alusão ao termo que o grupo criminoso se utilizava para se referir às contas da Caixa Econômica Federal, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Pará nos Estados do Pará, São Paulo, Rondônia e Distrito Federal, com o fim de obter provas materiais contra a organização especializada em sacar precatórios e requisições de pequeno valor (RPVs) de forma fraudulenta.
A operação consistiu numa segunda fase da Operação Menecma, deflagrada em 2017, e teve como principais alvos funcionários da Caixa Econômica Federal que atuavam fornecendo dados e facilitando os pagamentos ilícitos. Até o momento, foram apurados cerca de vinte e cinco precatórios sacados de forma irregular, havendo a estimativa de mais de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) em prejuízos. (Fabiane Barbosa com informações da Polícia Federal)