Esta semana, durante sessão no Tribunal de Justiça do Pará, o funcionário do Detran de Curionópolis, Elenilson Oliveira Gabriel, conseguiu a liberdade, depois de ter sido preso no mês passado, acusado de integrar um grupo de fraudava procedimentos no órgão estadual de trânsito.
O advogado dele, Raphaell Braz, explicou que ainda não existe denúncia formalizada contra seu cliente, mas este é acusado de inserir dados falsos no sistema do DETRAN de Curionópolis e de realizar vistorias frias, mas o profissional observa que ainda não há nada comprovado e a instrução processual está apenas começando.
Perguntado sobre o porquê da decretação da prisão do cliente dele, Raphaell explicou que a medida foi tomada provavelmente por ele ser funcionário do DETRAN e por ter ocorrido uma fraude em um setor ligado ao de Elenilson.
Leia mais:Durante a audiência que decidiu pela soltura de Elenilson, o advogado conta que fez a sustentação oral da defesa e que num primeiro momento o desembargador relator foi contra a soltura, mas quando a questão foi aberta para o plenário os demais desembargadores foram favoráveis à tese da defesa e inclusive convenceram o relator.
Raphaell explicou que seu cliente, embora tenha sido liberado, não retornou às atividades no departamento, pois foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para julgar sua conduta. “Acreditamos piamente na inocência dele”, afirma.
Elenilson foi preso durante a “Operação Sangria”, após investigação que durou cinco meses sobre furtos a veículos de locadoras praticados por uma associação criminosa em diversas regiões do país, os quais eram transferidos fraudulentamente tanto para terceiros quanto para os próprios membros da quadrilha. (Chagas Filho)