Em breve a Polícia Civil terá que começar a empilhar motocicletas que estão recolhidas no pátio da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, em Parauapebas, caso não consiga uma solução para a grande quantidade de veículos no local, alguns há mais de 10 anos. De acordo com o delegado Gabriel Henrique Alves, diretor da unidade, recentemente foi encaminhado até ofício ao Ministério Público do Estado do Pará solicitando ajuda.
“Encaminhamos ofício sugerindo a impetração de uma Ação Civil Pública para fazer um leilão das motos que já estamos considerando como veículos abandonados, a partir da hora que é feita a ação, o juiz pode determinar o leilão, que seria de esmagadura, para reciclagem de ferro, por exemplo, assim conseguiríamos limpar o pátio”, observou, acrescentando que já esteve, inclusive, conversando com o magistrado sobre o caso. “Ele disse que junto com o MP vai estudar nossa sugestão e estamos aguardando definição porque não temos pátio para guardar esse material”.
De acordo com a autoridade policial, parte das motocicletas são apreensões realizadas em procedimentos policiais. Nestes casos, apenas uma ordem judicial pode restituir o bem ao proprietário. Há, entretanto, outros casos, como o de motocicletas que são encontradas abandonadas ou que são fruto de cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Leia mais:“Em relação a estas estão sendo feitas as perícias e estamos tentando entrar em contato com os proprietários para fazerem a retirada dessas motocicletas, lembrando que apenas podem fazer a retirada os proprietários, com a documentação regularizada”, diz, justificando a pressa tanto pela falta de espaço, quanto pela preocupação com a proliferação de doenças, por conta de acúmulo de água em épocas chuvosas, como também pela questão estética. “Fica prejudicando a delegacia e estamos tendo que criar espaço, daqui a pouco vamos ter que colocar uma em cima da outra”.
Àqueles que possuem veículos recolhidos no pátio, o delegado sugere que procurem a delegacia para procurar saber qual a atual situação do bem. Do outro lado, as equipes policiais estão tentando realizar levantamento dos dados vinculados às motos, na tentativa de localizar os responsáveis. “Nos casos que não pudermos entregar os veículos vamos orientar essas pessoas a entrarem com uma petição de restituição e dependendo do caso o Poder Judiciário pode fazer a liberação”, finaliza. (Luciana Marschall e Ronaldo Modesto)