Depois da confusão gerada com a descoberta de que José Antônio Bernandes Nunes não era o nome verdadeiro do homem que morreu em acidente de trânsito na madrugada de domingo, 20, e que ele portava documento falso, a Polícia Civil conseguiu, através de impressão digital, chegar à verdadeira identidade. José Antônio, na realidade, chamava-se Antônio Ramos de Barros, de 62 anos de idade.
A morte de Antônio trouxe à tona o passado sombrio dele e causou surpresa em alguns membros de sua família que acreditavam ser José Antônio o verdadeiro nome do familiar. Por conta disso, a família precisou esperar por horas na 20ª Seccional Urbana de Parauapebas, até que ele fosse verdadeiramente identificado, para que seu corpo fosse liberado para velório e sepultamento.
Antônio morreu por volta de 1 hora, após perder o controle da moto que pilotava (uma Titan de cor preta e placa NWW-8978) quando passou em uma lombada, na Rua Afonso Arino com a Rua Padre Josino, no Bairro da Paz, e ser arremessado contra a tampa de concreto de uma fossa séptica.
Leia mais:Após a perícia fazer o levantamento do local e o corpo ser removido, a Polícia Civil descobriu, ao fazer análise do documento de identidade que ele portava, que a carteira era falsa. O que chamou a atenção da polícia foi que no documento não tinha nem o nome do pai e nem da mãe da vítima.
Na identidade falsa, com o nome de José Antônio, constava que ele nasceu no dia 12 de março de 1957, na cidade de Itapetinga (BA). A mulher de Antônio, que não teve o nome divulgado, contou que não sabia que o marido, com quem vivia há 35 anos, usava documento falso.
Ele relatou, no entanto, saber que ele era foragido da justiça. A mulher informou que ele teria matado um homem durante uma briga em Patrocínio, Minas Gerais, foi preso e estava custodiado na penitenciária de Unaí, no mesmo Estado, de onde fugiu, seguindo primeiramente para São Félix do Xingu, no Sul do Pará, e depois para Parauapebas, onde eles estavam morando há 12 anos.
A mulher contou ainda que tem oito filhos com Antônio, sendo seis filhos biológicos dela e dois que eram filhos só dele. Uma das filhas também disse desconhecer que o pai usava identidade falta.
Ela detalhou que o pai fazia e vendia doces e tinha um pequeno comércio, na VS 10, de onde tirava o sustento da família. A filha informou que o pai ingeria bebida alcoólica e acredita que ele poderia estar bêbado quando perdeu o controle do veículo ao passar na lombada. (Tina Santos e Ronaldo Modesto)