A Justiça Federal em Marabá concedeu na tarde de ontem, segunda-feira (18), liminar com mandado de desocupação da Superintendência do Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra). Além de ocupada, a sede do órgão estava com o acesso obstruído por membros da Frente Nacional de Lutas (FNL) desde 8 de setembro, que impediam os servidores da entidade de ter acesso ao prédio para trabalhar. A instituição ainda não soube precisar os prejuízos desses 11 dias sem expediente administrativo.
A informação sobre a liminar na Justiça foi confirmada ainda na segunda pelo superintendente Asdrubal Bentes, por telefone. Ele estava em Tucuruí para dar posse ao novo chefe da unidade local do Incra, Gilvan Ribeiro dos Reis, funcionário de carreira do órgão, mas que está aposentado.
“Mesmo sem acesso ao meu gabinete todos esses dias, não fiquei parado e aproveitei para visitar às unidades subordinadas em toda a região, tendo adiantado processos. Também fui aos assentamentos. Não podia ficar sem fazer nada”, disse Asdrubal, destacando que não negociou a saída dos ocupantes do órgão por entender como injustificável a ocupação das instalações.
Leia mais:De acordo com o delegado Ricardo Viana, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Marabá, o movimento foi intimado ontem mesmo para deixar de forma pacífica o local até o fim desta terça-feira (19).
A principal reivindicação dos manifestantes era a saída do superintendente do cargo, alegando que ele não está agindo de acordo com os interesses da Reforma Agrária. Ademar Ribeiro de Sousa, coordenador estadual da FNL, que vive em uma área de assentamento em Tucuruí, diz que o movimento vem pleiteando diversas áreas. Apenas na região, afirma, vivem 3.500 famílias em assentamentos que já completaram mais de 10 anos sem serem regularizados.
“Há acampamento com 13 anos aguardando vistoria e desapropriação, mas a gente vê que o Incra é simplesmente uma cabine de emprego, tem muito funcionário aqui, mas estão simplesmente ganhando dinheiro e não estão resolvendo a situação”, reclama, acrescentando que o atual superintendente não agradou aos movimentos.
Em entrevista, ele afirma que os manifestantes chegaram a se reunir com o superintendente, mas não perceberam interesse. “Ele tem demonstrado que não vai resolver. Já teve reuniões porque ocupamos no mês passado. Soubemos que o Incra recebeu R$ 5 milhões para vistoria e não foi resolvido o problema. Para onde foi esse recurso? Foi desviado para onde ou qual acampamento foi vistoriado? Quais fazendas serão pagas?” Moacir Ribeiro, do Assentamento Monte Moriá, em Nova Ipixuna, diz que o objetivo principal é a reorganização do Incra.
“Queremos que o colono tenha o direito de ser assistido pelo Incra, precisamos de cestas básicas, do cumprimento dos compromissos feitos em Brasília que descem para serem executados e não são. É um cidadão que não faz nada para o colono e parece uma cadeia de matança. Ele faz a morosidade e vem o fazendeiro e milícias e acabam, definham o colono”, declarou. O acampamento no qual vive, destaca, existe há quase 10 anos e no local vivem 330 famílias. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)
A Justiça Federal em Marabá concedeu na tarde de ontem, segunda-feira (18), liminar com mandado de desocupação da Superintendência do Instituto Nacional Colonização Reforma Agrária (Incra). Além de ocupada, a sede do órgão estava com o acesso obstruído por membros da Frente Nacional de Lutas (FNL) desde 8 de setembro, que impediam os servidores da entidade de ter acesso ao prédio para trabalhar. A instituição ainda não soube precisar os prejuízos desses 11 dias sem expediente administrativo.
A informação sobre a liminar na Justiça foi confirmada ainda na segunda pelo superintendente Asdrubal Bentes, por telefone. Ele estava em Tucuruí para dar posse ao novo chefe da unidade local do Incra, Gilvan Ribeiro dos Reis, funcionário de carreira do órgão, mas que está aposentado.
“Mesmo sem acesso ao meu gabinete todos esses dias, não fiquei parado e aproveitei para visitar às unidades subordinadas em toda a região, tendo adiantado processos. Também fui aos assentamentos. Não podia ficar sem fazer nada”, disse Asdrubal, destacando que não negociou a saída dos ocupantes do órgão por entender como injustificável a ocupação das instalações.
De acordo com o delegado Ricardo Viana, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Marabá, o movimento foi intimado ontem mesmo para deixar de forma pacífica o local até o fim desta terça-feira (19).
A principal reivindicação dos manifestantes era a saída do superintendente do cargo, alegando que ele não está agindo de acordo com os interesses da Reforma Agrária. Ademar Ribeiro de Sousa, coordenador estadual da FNL, que vive em uma área de assentamento em Tucuruí, diz que o movimento vem pleiteando diversas áreas. Apenas na região, afirma, vivem 3.500 famílias em assentamentos que já completaram mais de 10 anos sem serem regularizados.
“Há acampamento com 13 anos aguardando vistoria e desapropriação, mas a gente vê que o Incra é simplesmente uma cabine de emprego, tem muito funcionário aqui, mas estão simplesmente ganhando dinheiro e não estão resolvendo a situação”, reclama, acrescentando que o atual superintendente não agradou aos movimentos.
Em entrevista, ele afirma que os manifestantes chegaram a se reunir com o superintendente, mas não perceberam interesse. “Ele tem demonstrado que não vai resolver. Já teve reuniões porque ocupamos no mês passado. Soubemos que o Incra recebeu R$ 5 milhões para vistoria e não foi resolvido o problema. Para onde foi esse recurso? Foi desviado para onde ou qual acampamento foi vistoriado? Quais fazendas serão pagas?” Moacir Ribeiro, do Assentamento Monte Moriá, em Nova Ipixuna, diz que o objetivo principal é a reorganização do Incra.
“Queremos que o colono tenha o direito de ser assistido pelo Incra, precisamos de cestas básicas, do cumprimento dos compromissos feitos em Brasília que descem para serem executados e não são. É um cidadão que não faz nada para o colono e parece uma cadeia de matança. Ele faz a morosidade e vem o fazendeiro e milícias e acabam, definham o colono”, declarou. O acampamento no qual vive, destaca, existe há quase 10 anos e no local vivem 330 famílias. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)