Apesar de ser uma providência de natureza civil, que agora garante segurança jurídica a uma série de famílias, o casamento comunitário realizado em São Domingos do Araguaia foi coberto de momentos emocionantes e marcantes para os envolvidos. Cada casal dos 133 selecionados encarou o momento de forma particular, com toda a beleza que envolve o amor dentro dos lares. O CORREIO acompanhou a iniciativa.
A solenidade aconteceu na quadra da Escola Municipal Francisca Florentina, no último dia 28 de setembro e foi presidida pela juíza Pâmela Carneiro Lameira, titular da Comarca, em parceria com o Cartório Ferreira Rocha e a Secretaria de Assistência Social do município.
A ação teve como objetivo atender casais de baixa renda que não possuem condições para arcar com as taxas de um casamento convencional. Houve uma divulgação prévia na cidade e os casais puderam se inscrever através de uma ficha disponível na secretaria do Fórum, do cartório de São Domingos e também na secretaria do CRAS.
Leia mais:As inscrições encerraram no dia 13 de setembro, tendo se habilitado e estando aptos a participarem da cerimônia os 133 casais.
SONHO DE ANOS
O casal mais idoso a formalizar união civil durante o mutirão era formado por Maria Cabral da Cruz e Jonas Alves de Almeida, com 53 anos de convivência. “A vida é de altos e baixos. Quando a gente era jovem, ele (o marido) não queria e o tempo foi passando e daí agora a gente resolveu. Se já estamos juntos há mais de 50 anos, não se larga mais”, disse Maria, ao mesmo tempo que elogiou a iniciativa da ação. O casal tem quatro filhos e sete netos.
Também assinaram como marido e mulher: Elizeu Destrabelo Batista e Claudenir de Jesus Silva, após 12 anos vivendo juntos. O casal tem uma filha de oito anos. Ao repórter, lembraram com carinho do dia em que começaram a namorar, depois de uma dança juntos em uma festa junina, em São Domingos.
Interessante também a história de Elilde Souza Teles e Eduardo Fragoso Teles: ela moradora da zona rural de São Domingos e ele da cidade de Araguaína (TO). Se conheceram via internet no celular, namoravam há um ano e meio e já estavam noivos. Eles aproveitaram o mutirão para firmar a união e agora Elilde parte para morar com o esposo no estado vizinho.
A quadra da escola foi toda ambientada com cortinas, tapetes e espaços decorados para as fotos dos novos recém-casados.
Entenda
A ação teve como objetivo atender casais de baixa renda que não possuem condições para arcar com as taxas de um casamento convencional.
(Da Redação / Reportagem: Josseli Carvalho)